Uma recente pesquisa Genial/Quaest revelou que 57% dos brasileiros desaprovam o trabalho realizado pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Esse dado alarmante levanta questionamentos sobre as perspectivas de uma possível reeleição em 2026.
O governo tem cometido muitos erros, e Lula já não demonstra a mesma energia para governar que tinha em seus mandatos anteriores. O Partido dos Trabalhadores (PT) com uma agenda desatualizada, que não consegue mais se conectar nem mesmo com sua base social tradicional.
O governo enfrenta uma série de crises internas — como as relacionadas ao IOF, ao INSS e ao PIX. O que é uma desarticulação evidente entre os ministérios, que funcionam como feudos isolados, sem uma comunicação efetiva com o poder central no Palácio do Planalto.
Além disso, falta uma estratégia clara e uma agenda definida para o país. Lula, que deveria liderar essa agenda, não demonstra mais a mesma disposição que teve no ado para impulsionar uma pauta modernizante para o Brasil.
O governo tem delegado muitas decisões ao Congresso Nacional, que, por sua vez, também não apresenta uma agenda clara. Só recentemente se começou a discutir de forma mais concreta a reforma istrativa e outras medidas estruturantes — mas, até então, não havia direção alguma para o país em 2023.
Apesar de todos esses desafios, é prematuro decretar uma derrota antecipada de Lula. Com uma taxa de aprovação entre 35% e 40%, ele ainda pode chegar competitivo às eleições. O governo tem instrumentos para implementar políticas públicas que, se bem utilizadas, podem gerar retorno em votos.
Mas o tempo está jogando contra. A falta de organização e estruturação interna, a dependência do Congresso para tomar decisões e a necessidade constante de recorrer ao Supremo Tribunal Federal para obter vitórias políticas são fatores que complicam — e muito — o cenário para Lula e sua equipe.