Jussara Soares
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Em Brasília desde 2018, está sempre de olho nos bastidores do poder. Em seus 20 anos de estrada, ou por O Globo, Estadão, Época, Veja SP e UOL

"Marçal não é ameaça para Bolsonaro", diz Flávio

À CNN, senador afirma que política deu lição ao ex-coach: "Tem liderança, mas é preciso construir aliados"

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o candidato à Prefeitura de São Paulo Pablo Marçal (PRTB)  • Reprodução
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O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) disse à CNN nesta segunda-feira (7) que o empresário e influenciador Pablo Marçal (PRTB), que ficou de fora do segundo turno na eleição em São Paulo, não é uma ameaça ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Após o atual prefeito Ricardo Nunes (MDB) ir para o embate final contra Guilherme Boulos (Psol), com o apoio de Bolsonaro, apoiadores de Marçal invadiram o perfil do ex-presidente se dizendo decepcionados e acusando-o de "aderir ao sistema".

Apesar da reação, Flávio afirma que não vê Marçal capaz de reduzir o papel de líder de Bolsonaro entre os eleitores de direita.

"Não vejo Marçal como uma ameaça para Bolsonaro. As pequisas mostram que, no confronto com Bolsonaro e Lula, ele (Marçal) não chega a 7%", pontua.

O senador reconhece que Marçal, contudo, demonstrou liderança e que poderão estar juntos em algum momento contra a esquerda. "Ele está no nosso campo de direita", justifica.

"Marçal tem liderança, mas é preciso ter calma. A política deu uma lição a ele, de que é preciso construir aliados e alianças", completa Flávio.

Embora o ex-presidente Bolsonaro tenha pedido explicitamente voto para Nunes, em uma live na sexta-feira (4), Flávio diz que Marçal acabou ficando de fora do segundo turno por culpa dele mesmo.

"O principal fator de Marçal não estar no segundo turno é ele mesmo. Eleição é como jogo, se ganha em detalhes", observa.

O senador ainda cita que Bolsonaro cumpriu o compromisso de seguir com Ricardo Nunes, que tem como vice o candidato Mello Araújo (PL), indicado pelo ex-presidente. Ele lembrou ainda que acordo em São Paulo ava também pelo apoio do MDB ao candidato do PL, Alexandre Ramagem, no Rio.

Ao longo do primeiro turno, porém, Bolsonaro foi resistente em dar apoio explícito a Nunes e chegou a dizer que o prefeito não era seu candidato dos sonhos.