Segundo interlocutores do ministro, há elementos bastante contundentes de que a parlamentar deixou o Brasil para tentar escapar da pena de dez anos de prisão imposta pelo Supremo.

A prisão preventiva, portanto, seria uma medida essencial para garantir a aplicação da lei penal. Esse foi um dos argumentos do procurador-geral da República, Paulo Gonet, e que será considerado por Moraes na decisão.

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Zambelli foi condenada por invadir os sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e adulterar documentos. A pena ainda não começou a ser executada, porque ainda não foram esgotados todos os recursos.

Para auxiliares de Gonet e de Moraes, as declarações públicas da própria deputada ao longo desta terça-feira comprovam que ela viajou para o exterior como forma de se blindar da jurisdição brasileira.

Em entrevista ao Bastidores CNN, Zambelli disse que está nos Estados Unidos, mas que em alguns dias deve se deslocar à Itália. Segundo a própria, ela seria “intocável” em território italiano, pois tem dupla cidadania - e, por isso, não teme a prisão.

A partir da decisão de Moraes é que serão definidos quais os procedimentos para dar cumprimento à prisão preventiva. Uma das hipóteses é acionar o departamento de cooperação internacional do Ministério da Justiça e Segurança Pública.

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