O ex-chanceler brasileiro Aloysio Nunes, que atualmente reside em Bruxelas, fez uma crítica contundente a Donald Trump, afirmando que o líder americano "quer governar para o mundo, legislar para o mundo, assim como Alexandre Magno e Júlio César".
Questionado sobre a resposta adequada do Brasil no âmbito diplomático, o ex-chanceler aconselhou cautela. Segundo Nunes, o governo brasileiro deve, primeiramente, ignorar a situação, evitando "vestir essa carapuça", uma vez que a medida não foi direcionada especificamente ao Brasil.
Nunes sugere que, enquanto não houver nenhuma ação concreta contra autoridades brasileiras, o assunto deve permanecer em "banho-maria". Apenas se o Brasil for efetivamente incluído na lista ou se alguma autoridade for sancionada, o governo deveria então oferecer uma resposta diplomática proporcional, baseada no princípio da reciprocidade.
O ex-ministro das Relações Exteriores expressou sua crença de que o anúncio do governo americano, feito pelo senador Marco Rubio, é uma "bravata". Nunes acredita que nenhum país ficará acuado por essa ameaça do governo norte-americano, especialmente considerando que vários países estão atualmente discutindo legislações relacionadas às grandes empresas de tecnologia.