Segundo a pesquisa, realizada com mais de 41 mil consumidores e 14 mil varejistas em 28 países, esse cenário revela um aumento de 52% da prática em relação com o ano anterior.
Deles, 18% começaram a utilizar a ferramenta pela primeira vez no ano.
Setores de vestimentas e refeições são destaques para o uso de IA, à medida que 72% gostariam de encontrar marcas e experiências de compra diferentes dessa forma.
Já 70% dos entrevistados afirmaram estarem dispostos a adquirir via IA no futuro.
O perfil de quem tem utilizada mais essa ferramenta na hora das compras são a Geração Z e os Millennials.
No entanto, os Baby Boomers representam a geração que mais cresceu em adoção da IA para compras, com um salto de 135%. Em seguida vem a Geração X, com aumento de 66%.
Já somente 26% das pessoas com 60 anos ou mais afirmam usar a IA durante as compras.
Mesmo em meio a esse cenário, Renato Migliacci, VP de vendas da Adyen Brasil, destacou alguns pontos de atenção que a população deve ter em mente ao usar IA no e-commerce.
"A população deve estar atenta ao fato de que soluções baseadas em inteligência artificial coletam e armazenam informações pessoais, incluindo preferências e hábitos de consumo compartilhados pelos usuários. Ao recorrer à IA para decidir entre um produto ou outro, é importante considerar o contexto e os possíveis vieses da resposta", disse.
Migliacci ainda pontua que "a personalização, hoje uma expectativa clara do público, é um dos principais atrativos da tecnologia. Para que essa personalização gere valor e contribua para a fidelização, é fundamental que as empresas analisem dados de compras e pagamentos de forma estratégica".
E com isso, "essa prática deve sempre estar amparada pela transparência e pelo compromisso com a proteção de dados sensíveis, garantindo segurança e confiança ao consumidor", afirmou o VP.
A estratégia das empresas tem sido recomendar produtos via inteligência artificial, apontada por 77% delas, enquanto 70% afirmam que as marcas que consomem já incorporaram ferramentas de busca impulsionadas pela tecnologia.
Assim, quase metade dos negócios disse que pretende aumentar as receitas de 2025 investindo em IA para apoiar suas atividades de vendas e marketing.
Outros 42% planejam usar IA para inovação de produtos.
Para as empresas, Renato Migliacci diz que a IA pode otimizar o ranqueamento em resultados de busca, exposição em sites de credibilidade, fortalecimento de comunidades, incentivo de avaliações e o controle da exposição negativa online.
Ele contrapõe, contudo, "que não está claro — e talvez nunca esteja — quais os critérios considerados pelas IAs para gerar suas respostas. Sendo assim, ter uma visão holística da saúde da marca em todos os canais é o investimento mais recomendado neste momento para tentar eventualmente influenciar as recomendações".
Acompanhe Economia nas Redes Sociais