Durante coletiva de imprensa em São Paulo, o diretor de Organização do Sistema Financeiro do BC, Renato Gomes, afirmou que uma versão 2.0 do Mecanismo Especial de Devolução (MED) começará a funcionar em dezembro, com adesão opcional pelos bancos. Em fevereiro de 2026, a nova versão do MED será obrigatória para todas as instituições.
Na versão atual, um cliente que teve recursos retirados da conta por Pix, de forma fraudulenta, pode acionar o MED por meio do banco. Ao ser acionado, o mecanismo rastreia a conta de destino dos recursos e, caso o dinheiro siga disponível, ele é bloqueado para devolução ao cliente prejudicado.
A limitação da versão atual do MED, conforme Gomes, ocorre porque os recursos geralmente são transferidos para uma conta e imediatamente reados para outras, inviabilizando o bloqueio. Assim, a recuperação de recursos por meio do MED chega a apenas 7% dos fundos.
Com o MED 2.0, de acordo com Gomes, será possível congelar e devolver recursos que estiverem em níveis mais baixos -- ou seja, dinheiro que foi para outras contas após a transferência original.
Outro avanço previsto pelo Banco Central diz respeito ao Pix Parcelado, ferramenta que permite que o usuário tome crédito, na instituição financeira, para pagar alguma conta via Pix.
De acordo com Gomes, o BC pretende uniformizar esta experiência de tomada de crédito entre as instituições financeiras. A previsão é de que a novidade esteja pronta em novembro.
Uma terceira ferramenta em planejamento, mas sem prazo de lançamento, é a do Pix Garantia. Com ela, uma empresa que tem a previsão de recebimento de pagamentos por Pix ao longo do tempo poderá utilizar estes recebíveis como garantia para a tomada de crédito.
Gomes e outras autoridades do Banco Central, incluindo o presidente da autarquia, Gabriel Galípolo, participaram nesta quarta-feira da terceira edição do evento Conexão Pix, em São Paulo.
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