Segundo a avaliação de economistas ouvidos pela CNN, o corte da gasolina deve ajudar a segurar a inflação no curto prazo — além de impactar o dado "cheio" de 2025.
A Warren Investimentos ressaltou, porém, que o alívio no bolso do consumidor vai depender do ree dos preços nas bombas.
A estimativa é de que cerca de 30% a 35% da queda praticada nas refinarias seja sentida nos postos de combustíveis neste mês, segundo análise da estrategista de inflação da Warren, Andréa Angelo.
Patricia Andrade, professora de economia da ESPM, ressalta o peso que a gasolina tem para o IPCA, com cerca de 5% da cesta de produtos e serviços que compõem o índice, o que significa que qualquer variação em seu preço tende a influenciar diretamente os dados.
"É importante lembrar que a gasolina também afeta indiretamente diversos setores, já que os combustíveis influenciam os custos logísticos e de transporte em geral", reforça.
O economista-chefe da Wagner Investimentos, José Faria Júnior, avalia uma queda na projeção do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 0,2 ponto percentual nos dados da inflação até junho.
Na mesma linha, o Monitor Diário de Inflação da LCA Consultoria Econômica revisou suas projeções para o IPCA deste ano de 5,5% para 5,3%.
Fábio Romão, economista especialista em inflação da casa, destaca o impacto mais direto na variação dos preços para os meses de junho (revista de 0,37% para 0,25%) e julho (de 0,21% para 0,19%).
A redução de 5,6% na gasolina da Petrobras deve ressoar já no IPCA-15 de junho, a prévia da inflação oficial.
A LCA prevê uma queda de 1,04% no preço da gasolina neste indicador. Já no IPCA "cheio" do mês, a expectativa é por um recuo maior ainda no combustível, de 2,17%.
Acompanhe Economia nas Redes Sociais