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Guerra entre Rússia e Ucrânia pode manter Dilma Rousseff no comando do Banco dos Brics

Rússia teria direito a indicar presidente a partir de julho de 2025, mas avalia que não seria interessante que ações do Banco estivessem sob a sombra do conflito

Danilo Moliterno, da CNN, São Paulo
Dilma Rousseff, presidente do Banco dos Brics  • 30/05/2023 REUTERS/Aly Song
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Dilma Rousseff deve permanecer à frente do Banco dos Brics em 2025, enquanto o Brasil preside o grupo, disseram diplomatas brasileiros à CNN. A Rússia teria direito para indicar um nome para substituí-la no cargo a partir de julho do ano que vem, mas avalia que isso seria inoportuno num momento em que enfrenta sanções internacionais.

Quadros envolvidos neste trâmite afirmam que o martelo ainda não foi batido, mas indicam que a confirmação está por detalhes e depende apenas de um sinal verde definitivo dos russos. Os demais membros permanentes dos Brics avaliam positivamente o nome de Dilma e não devem ser resistência.

A possibilidade surgiu de uma avaliação da própria Rússia de que não seria interessante para as ações do Banco que estivesse sob a sombra dos debates sobre o conflito no Leste Europeu. Diplomatas brasileiros negam que a manutenção de Dilma seja uma iniciativa brasileira, mas reconhecem que sua permanência seria relevante para a presidência do país em 2025.

Negociadores do grupo vêm tratando o tema no encerramento dos trabalhos da presidência Russa neste ano e debateram a possibilidade, inclusive, às margens do G20, realizado no Rio de Janeiro.

A mesa de presidente e vice-presidentes do Banco dos Brics é definida em uma rotatividade entre os membros fundadores (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). A ex-presidente da República está à frente do New Development Bank (nome oficial do Banco) desde março do ano ado.

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