CNN apurou que o Executivo vai tentar articular pela manutenção do decreto que subiu o tributo para o exercício de 2025, deixando a sugestão de alternativas fiscais estruturantes para 2026. O parlamentar enfatizou que não acredita que a medida seria bem recebida pelo Legislativo.

"O caminho de uma mudança na alíquota do IOF é algo que não vai ser aceito pelo Congresso. Há um conjunto de medidas que podem ser substitutivas, mas insistir nessa majoração vai ser um erro e o Congresso Nacional vai rechaçar", disse Pedro Paulo em entrevista ao Agora CNN neste domingo (1º).

Leia Mais

O governo anunciou a elevação do IOF via decreto no dia 22 de maio. Foram reajustadas as alíquotas para uma série de operações ligadas à previdência privada, ao câmbio e ao crédito empresarial.

O setor privado se mobilizou contra o aumento do imposto, pedindo que o Congresso derrube o decreto do governo. O que chama atenção e causa temor nas empresas e nos economistas é, sobretudo, o encarecimento da tomada de crédito em um momento no qual os juros já estão elevados no país.

"Os impactos advindos dessa modificação do IOF são muito significativos sobre a oferta de crédito não só para grandes, mas pequenas e médias empresas", reforçou o deputado.

Pedro Paulo disse ter "plena convicção" de que o país precisa, neste momento, de medidas muito duras para promover uma reforma estrutural que torne o orçamento público mais sustentável. "Ninguém quer tomar medidas que sejamos criticados publicamente, mas essas medidas são urgentes e necessárias", indagou.

Segundo o parlamentar, o GT que coordena está pronto para lidar com a questão da reforma fiscal.

"Fomos contratados para entregar um pacote de legislação para um Estado mais eficiente, mas isso não impede que nós façamos um aditivo desse contrato e possamos incluir um capítulo específico de ajuste fiscal [...]. É um orçamento muito engessado, com excessivas indexações, vinculações, e isso precisa ser enfrentado com medidas muito duras", pontuou.

Acompanhe Economia nas Redes Sociais

Tópicos

CNN Brasil MoneyCenário fiscalCongresso NacionalIOFPedro Paulo