Mercado imobiliário de SP tem alta de 32,9% em vendas no 1º tri, diz Secovi
Já as unidades lançadas registraram queda de 18,6% no período, segundo pesquisa realizada com 41 cidades do interior, da Baixada Santista e da Região Metropolitana de São Paulo

O Secovi-SP divulgou nesta quinta-feira (5) que houve crescimento de 32,9% nas vendas de imóveis no Estado de São Paulo no 1º trimestre de 2025, em comparação com o mesmo período do ano anterior. Já em relação ao lançamento de novas unidades, foi registrada queda de 18,6%.
A pesquisa divulgada contempla 41 cidades do interior, da Baixada Santista e da Região Metropolitana de São Paulo, situadas nos principais polos econômicos do Estado.
"Tivemos um bom primeiro trimestre ao longo desse início de ano praticamente todas as regiões. Só houve queda expressiva em Marília, Jundiaí, Presidente Prudente, Franca e Barretos", explicou Guilherme Werner, sócio consultor da Brain Inteligência Estratégica.
As habitações do Minha Casa, Minha Vida representaram 48% das vendas e 52% dos lançamentos no 1º trimestre. A região de Piracicaba foi a que mais vendeu locações do MCMV no período, enquanto a Baixada Santista a que menos teve vendas a partir do programa social do governo.
Financiamento
Durante a apresentação dos resultados, os representantes do Secovi ressaltaram a dificuldade de financiamento no mercado imobiliário atualmente. Também abordaram as adaptações que as empresas têm que fazer por conta da reforma tributária, que entra em fase de transição a partir do próximo ano.
"O Secovi está fazendo trabalho com o financiamento imobiliário, pois hoje as empresas têm dificuldade de ar dinheiro para uma obra", declarou Ely Wertheim, presidente-executivo do Secovi- SP.
O uso do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) segue essencial para impulsionar o mercado imobiliário, segundo os representantes do Sindicato, mas novas soluções estão sendo pensadas.
Entre as alternativas estão o uso de crédito do pré-sal, cujo remanejamento para a habitação é avaliado pela Caixa Econômica Federal, e a criação de uma nova letra de crédito imobiliário.
"Estamos trabalhando para possibilitar a emissão de um título, tal e qual foram feitas as debêntures incentivadas", disse Celso Petrucci, economista-chefe do Secovi-SP. "Não podemos colocar tudo a perder por uma taxa de juros que estamos pagando no país", acrescentou.