“Isso pode significar, em uma operação de curto prazo, uma variação entre 14,5% a 40% no custo efetivo total, em termos de taxas de juros”, disse o presidente da Febraban, Isaac Sidney.

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Em seguida, Sidney completou: "Esse é um dado que certamente sensibilizou o Ministério da Fazenda, que abriu um diálogo para que a gente pudesse constituir uma frente de trabalho para analisar alternativas", disse o presidente da Febraban, Isaac Sidney.

A declaração foi realizada após reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na manhã desta quarta-feira (28). Milton Maluhy Filho, presidente do Itaú, Marcelo Noronha, presidente do Bradesco, Mário Leão, presidente do Santander, e Roberto Sallouti, do BTG Pactual, participaram do encontro, que tratou sobre o impacto das mudanças do IOF no custo do crédito.

A Febraban se posicionou contra as medidas do IOF anunciadas pelo governo federal na semana ada. De acordo com Isaac Sidney, o setor bancário apresentou ao Ministério da Fazenda alternativas de fontes de receitas e de redução de despesas para equilibrar as contas públicas. As medidas, no entanto, não foram detalhadas.

"Nós gostaríamos muito que essa medida [aumento do IOF] fosse revisitada. Essa é uma decisão não só política, mas também técnica. Continuaremos a dar subsídios para revisitar esse aumento e tirar esse custo que não é só do crédito, mas do custo da produção e do investimento”, afirmou Sidney.

De acordo com Sidney, as alternativas não serão divulgadas porque ainda serão debatidas tecnicamente com a equipe econômica. Após a reunião, o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, itiu que a equipe do governo vai se "debruçar sobre alternativas" apresentadas, que podem substituir o aumento do IOF.

"Vamos nos debruçar sobre as alternativas, que estão colocadas sobre a mesa tanto pela Febraban quanto pela minha própria equipe no Ministério para que a gente faça uma avaliação cuidadosa, célere, mas faça uma avaliação do que é melhor para o país neste momento", disse Durigan.

Na última quinta-feira (22), o governo decidiu aumentar o IOF para empresas, operações de câmbio e planos de seguros usados como investimento. A medida tem objetivo arrecadatório.

Segundo estimativa da equipe econômica, tem potencial de arrecadar R$ 61 bilhões em dois anos: R$ 20 bilhões em 2025 e R$ 41 bilhões em 2026.

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