A informação foi confirmada à CNN pelo Ministério da Defesa.
Com a decisão, o avião a a integrar o Sistema de Catalogação da Otan, um seleto grupo de equipamentos padronizados para uso e interoperabilidade entre os países membros da Organização.
Na prática, o reconhecimento facilita a troca de informações técnicas sobre o equipamento entre os países da Otan — o que pode abrir portas para futuras compras do modelo.
A aeronave também foi incluída em uma lista de “projetos de relevância" da Otan. Esse é o segundo modelo brasileiro a conquistar esse tipo de reconhecimento. O primeiro foi a aeronave KC-390.
Em entrevista à CNN, o secretário de Produtos de Defesa, tenente-brigadeiro Heraldo Luiz Rodrigues, destacou que o reconhecimento pode gerar novas oportunidades de exportação para a indústria nacional.
“O reconhecimento da Otan representa um marco para a indústria nacional, abrindo portas para novos mercados e consolidando a reputação do Brasil como fornecedor confiável de soluções tecnológicas de defesa”, diz o secretário.
Em 2024, o Brasil exportou mais de US$ 1 bilhão em aeronaves com peso entre 2 mil e 15 mil quilos, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic).
Recentemente, a Força Aérea de Portugal comprou 12 unidades da nova versão A-29N do Super Tucano, tornando-se o primeiro país a operar o modelo com sistema atualizado e compatível com os padrões da Otan.
A expectativa do governo é que a aprovação e uso da aeronave por Portugal, país que segue os protocolos e padrões da Otan, funcionem como uma vitrine para o produto brasileiro.
O entendimento é de que operação bem-sucedida por Portugal deve incentivar outros países a considerar a compra da aeronave.
O A-29 Super Tucano é uma aeronave leve de ataque e treinamento avançado, já testada em operações e utilizada pela Força Aérea Brasileira e por dezenas de países.
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