Em entrevista ao CNN Money nesta quinta-feira (5), Lopes detalhou os desafios enfrentados pela indústria nacional e as possíveis consequências dessas medidas.

De acordo com o executivo, o cenário global já era desafiador devido ao excesso de capacidade instalada de aço no mundo, estimado em cerca de 620 milhões de toneladas.

"Essa medida mais recente do presidente Trump só vem a agravar uma situação que, por si só, já era bastante difícil", afirmou Lopes.

Apesar das preocupações, Lopes acredita que haverá uma nova acomodação do mercado, similar ao que ocorreu após a imposição da taxa de 25% em março.

Ele ressaltou que as exportações brasileiras para o mercado americano se mantiveram, com uma redução de apenas 10% a 15%.

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Impacto nos EUA e possibilidade de acordo

O presidente do Aço Brasil destacou que a necessidade americana de importação de matéria-prima estratégica, como as placas de aço, permanece.

Em 2018, após uma ofensiva comercial durante o primeiro governo Trump, foram estabelecidas cotas de 3,5 milhões de toneladas para semiacabados e cerca de 680 mil toneladas para produtos acabados.

Lopes enfatizou a importância de restabelecer o acordo que vigorou por seis anos entre Brasil e Estados Unidos, argumentando que foi benéfico para ambos os países.

"Essa necessidade americana de importação dessa matéria-prima estratégica permanece, não mudou da noite para o dia", afirmou.

Desafios internos e competição global

Além das questões relacionadas ao mercado americano, Lopes abordou os desafios enfrentados pela indústria siderúrgica brasileira no cenário global.

Ele mencionou a preocupação com as importações, especialmente da China, que representam 25% das vendas das usinas brasileiras no mercado interno.

"Você não compete com uma usina siderúrgica chinesa, você compete contra o estado chinês que tem como objetivo ocupar os mercados do mundo", alertou Lopes, enfatizando a necessidade de mecanismos ágeis de defesa comercial.

O executivo concluiu ressaltando a importância do diálogo entre as empresas do setor e o governo federal na busca por soluções e na defesa dos interesses da indústria siderúrgica nacional.

Ele elogiou os esforços dos ministérios envolvidos nas negociações e na busca por alternativas para mitigar os impactos das medidas protecionistas.

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