O Ibovespa, referência do mercado acionário brasileiro, encerrou a sessão com um recuo de 0,18%, a 136.786,65 pontos, após marcar 138.471,10 pontos na máxima do dia.

Enquanto isso, o dólar à vista teve uma queda de 0,81%, a R$ 5,6740.

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Cenário externo

Os movimentos do real nesta sessão tinham como pano de fundo uma fraqueza ampla da divisa norte-americana no exterior, acumulando perdas ante pares fortes, como o euro e o iene, e emergentes, como o peso mexicano e o peso chileno.

Os investidores pareciam estar novamente fugindo de ativos dos EUA, uma vez que o anúncio de Trump na sexta-feira de que pode dobrar as tarifas sobre aço e alumínio de 25% para 50% reacendiam os temores de que sua política tarifária pode levar a maior economia do mundo a uma recessão e acelerar a inflação.

As preocupações ainda eram fomentadas por nova escalada nas tensões entre EUA e China, depois que Trump acusou Pequim na sexta de descumprir um entendimento alcançado entre os dois países no mês ado para reduzir suas altas taxas de importação.

Nesta segunda-feira, o Ministério do Comércio da China disse que as acusações de Trump de que Pequim violou o consenso acordado nas negociações de Genebra são "infundadas" e prometeu tomar medidas enérgicas para proteger seus interesses.

Moedas emergentes no geral também eram favorecidas pela alta de mais de 4% nos preços do petróleo.

O índice do dólar -- que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas -- caía 0,57%, a 98,792.

Os agentes estarão atentos mais tarde a um discurso do chair do Fed, Jerome Powell, em uma conferência, às 14h (horário de Brasília).

No Brasil

Na cena doméstica, o mercado nacional segue de olho em novas notícias sobre o ime dos aumentos nas alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), enquanto governo e Congresso buscam uma solução conjunta para a questão.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse mais cedo que espera solucionar nesta semana as mudanças no IOF combinadas com medidas estruturais que busquem equacionar a questão fiscal do país.

Após o fechamento dos mercados, o presidente do BC, Gabriel Galípolo, participará de debate sobre "Conjuntura Econômica Brasileira", promovido pelo Centro de Debate de Políticas Públicas (CDPP), às 18h30.

Na sexta, a Moody’s rebaixou a perspectiva da nota de crédito do Brasil de “positiva” para “estável”, citando o aumento expressivo dos juros, a rigidez nas despesas e a dificuldade do governo em reduzir a dívida no curto prazo.

A agência manteve o rating em Ba1, um nível abaixo do grau de investimento.

*Com informações da Reuters

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