A CNN respondeu cinco perguntas sobre como funciona a avaliação da redação para te ajudar a entender o procedimento por trás da correção.
As informações têm como fonte materiais divulgados pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) e conversa, em anonimato, com quem já atuou como corretor.
A redação do Enem é corrigida por dois corretores que não se conhecem e nem se comunicam. Eles atribuem uma nota entre 0 e 200 para cada uma das seguintes competências:
A nota que cada corretor atribui ao texto é a soma dos pontos das competências. E o resultado que você recebe é a média aritmética das notas dos dois corretores.
É possível que os dois corretores deem notas discrepantes, ou seja, que exista uma diferença de mais de 100 pontos no total ou de mais de 80 pontos em qualquer competência. Nesses casos, entra em jogo um terceiro avaliador, e sua nota final será a média aritmética entre as duas notas que mais se aproximarem.
Os corretores são anônimos. Isso significa que não dá para saber quem vai corrigir a sua redação.
O que sabemos é que eles precisam ser graduados em letras, na área de língua portuguesa ou linguística, e que am por um processo seletivo.
A seleção envolve uma capacitação on-line antes da aplicação do Enem e um treinamento presencial, que acontece após a prova.
Depois disso, os candidatos estão aptos para começar as correções.
A resposta é não. Durante o treinamento on-line, que acontece antes do Enem, são usados exemplos do ano anterior para evitar qualquer vazamento de informações.
Já na etapa seguinte, que acontece após a prova, as análises são feitas com base no tema do ano vigente.
O avaliador do Enem corrige entre 50 e 100 redações por dia em um período de dois meses. Esse volume pode chegar a 150, caso o corretor tenha disponibilidade e um bom desempenho.
Neste ano, mais de 5 milhões de pessoas se inscreveram no Enem. A prova é uma oportunidade de ingressar em universidades públicas do Brasil. Além disso, instituições de países como Portugal, Estados Unidos, Reino Unido e Canadá também aceitam a nota do Enem no processo seletivo.