“O brasileiro tem um bom caráter, na minha opinião. O jogador brasileiro, em geral, tem um nível técnico maior do que os outros. Do aspecto pessoal, o brasileiro é uma pessoa que tem um caráter tranquilo, humilde, a maioria. Treinei 34. Se penso em um problema com alguém, creio que não. Tive com um, mas não te digo quem é”, disse Ancelotti em entrevista à Globo.
Embora não tenha revelado o nome, internautas relembraram um caso envolvendo Ancelotti e Rivaldo nos tempos de Milan.
Eleito o melhor jogador do mundo em 1999, ídolo do Barcelona e pentacampeão mundial com a Seleção Brasileira, Rivaldo chegou ao Milan um mês depois da Copa do Mundo de 2002.
Ao lado de nomes como Nesta, Maldini, Seedorf, Pirlo e Shevchenko, Rivaldo conquistou três títulos pelo Milan, entre eles a Champions League, mas nunca se firmou como titular e saiu com apenas 18 meses de clube.
O técnico do Milan na época era Carlo Ancelotti, que teve dificuldade para encaixar Rivaldo em sua equipe. Os dois, inclusive, chegaram a discutir pois o brasileiro não aceitou ficar no banco de reservas em uma partida do Campeonato Italiano.
Essa história é contada pelo próprio Ancelotti no livro “Liderança Tranquila”. Nele, o treinador italiano relembra que, antes de um jogo contra o Modena-ITA, em setembro de 2002, chamou Rivalo para dizer que ele ficaria no banco logo na primeira vez que foi relacionado.
O brasileiro não gostou e retrucou. “Rivaldo nunca ficou no banco”, disse o brasileiro à época.
Ancelotti tentou melhorar a situação, explicando ao camisa 11 que ele não havia feito uma pré-temporada completa, mas garantiu que seria titular na próxima partida, que seria três dias depois. Ainda assim, Rivaldo continuou chateado, indo embora da concentração.
No fim da história, o brasileiro acabou acatando a decisão de Ancelotti e ficou na reserva naquela partida. Ele entrou no segundo tempo e jogou 22 minutos na vitória do Milan por 3 a 0.
Rivaldo foi reserva em outras ocasiões no Milan, inclusive na final da Champions League de 2003, contra a Juventus. Ele acabou rescindindo contrato em janeiro de 2004 e fechou com o Cruzeiro.