O episódio ocorreu no segundo set da partida desta terça-feira (3). Musetti recebeu as bolas para sacar, mas acabou chutando uma delas com a perna esquerda e acertou, sem querer, a oficial, que foi atingida na parte superior do corpo e quase não reagiu. Veja abaixo:
Lorenzo Musetti DIDN’T get disqualified for this at #RolandGarros earlier today…
Right decision? 😬
— Tennishead (@tennishead) June 3, 2025
O italiano pediu desculpas imediatamente e recebeu uma advertência por conduta antidesportiva do árbitro de cadeira, mas não foi desclassificado. A situação gerou comparações com o caso de Novak Djokovic no US Open de 2020.
Na ocasião, Djokovic foi desclassificado ao acertar uma juíza de linha na garganta ao bater na bola com raiva por perder o saque — lance que encerrou sua participação no torneio naquele ano.
“Sim, ele (Musetti) fez aquilo e nada aconteceu”, disse Tiafoe, visivelmente surpreso com a decisão do árbitro, após perder por 6-2, 4-6, 7-5 e 6-2. O norte-americano chegou a apontar o incidente durante a partida.
“Eu acho isso cômico, mas é o que é. Nada aconteceu, então não há muito o que discutir. Claramente, não há consistência nas decisões, então é isso”, completou Tiafoe em coletiva de imprensa.
Segundo o regulamento do tênis, um jogador que comete abuso com a bola pode receber uma advertência na primeira infração. Em casos de agressão violenta ou perigosa, pode haver punições mais severas, como a desclassificação.
Musetti afirmou que tudo não ou de uma “infeliz coincidência” e que ficou assustado com a possibilidade de machucar alguém ao chutar a bola.
“Fui imediatamente até a juíza de linha, pedi desculpas a ela e a todos”, relatou o italiano ao final da partida. Ele reconheceu que a advertência foi justa, mas reforçou que não houve intenção.
“Foi certo receber o aviso, mas acho que o árbitro percebeu que não houve intenção, e por isso provavelmente me deixou continuar jogando normalmente”, completou Musetti.
Apesar da polêmica, o italiano segue em Roland Garros e vai disputar a semifinal. O debate, no entanto, reacende discussões sobre a aplicação das regras e o peso das decisões nos torneios de elite do tênis.