Nesta quarta-feira (13), o presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse em uma entrevista à imprensa estatal que o país está pronto para usar armas nucleares se houver uma ameaça à existência do Estado russo, mas que “nunca houve tal necessidade”.
Mas esse não foi o único acontecimento relevante sobre armas nucleares nos últimos tempos.
A Coreia do Norte, o último país que teria desenvolvido esse tipo de arma, aprovou uma lei em 2022 se declarando um Estado com armas nucleares, uma medida que, segundo o líder Kim Jong Un, é “irreversível”.
Kim prometeu que o país “nunca desistiria” das suas armas nucleares, acrescentando que não poderia haver negociações sobre a desnuclearização, informou a mídia estatal norte-coreana.
Em fevereiro de 2022, pouco depois da invasão da Ucrânia pela Rússia, Vladimir Putin ordenou que as forças de dissuasão do seu país, que incluem armas nucleares, entrassem em alerta total.
E em outubro de 2021, em uma mudança drástica em relação ao governo de Donald Trump, a istração de Joe Biden revelou os números do arsenal nuclear do seu país.
Os Estados Unidos têm 3.750 ogivas nucleares no seu arsenal e 2 mil aguardam para serem desmanteladas, segundo um comunicado do Departamento de Estado.
Os dados sobre as reservas nucleares variam de uma fonte para outra. As informações a seguir vêm da Iniciativa de Ameaça Nuclear e listam os países com o maior número de armas nucleares confirmadas.
A Rússia possui 1.822 ogivas implantadas e 521 mísseis balísticos intercontinentais (ICBMs), mísseis balísticos lançados por submarinos (SLBMs) e ogivas destinadas a bombardeiros pesados.
Se também forem contabilizadas as ogivas não implantadas, armazenadas ou aguardando desmantelamento, o arsenal total chegaria a 5.580 armas.
Os EUA possuem 1.679 ogivas implantadas. Se também forem contabilizadas as ogivas não implantadas, armazenadas ou aguardando desmantelamento, o arsenal total chegaria a 5.328 armas.
A China possui 500 ogivas e aproximadamente 134 mísseis balísticos intercontinentais (ICBMs) com capacidade nuclear.
A França possui aproximadamente 290 ogivas nucleares.
O Reino Unido possui aproximadamente 225 ogivas nucleares.
O Paquistão possui cerca de 170 ogivas nucleares.
A Índia possui aproximadamente 160 ogivas nucleares.
Especialistas suspeitam que Israel tenha cerca de 90 armas nucleares.
A Coreia do Norte conduziu pelo menos seis testes nucleares desde 2006.
Em 2017, afirmou ter conduzido com sucesso o seu primeiro teste de um míssil balístico intercontinental, e estima-se que tenha entre 35 e 65 ogivas nucleares.
E, em setembro de 2022, a Coreia do Norte aprovou uma nova lei que se declara um Estado com armas nucleares.
As potências mundiais, incluindo os Estados Unidos, querem travar o programa nuclear do Irã para evitar que este desenvolva uma bomba nuclear.
Após 20 meses de negociações, em 14 de julho de 2015, os negociadores finalizaram um acordo nuclear histórico entre o Irã, os Estados Unidos e cinco outros países.
O Plano de Ação Global Conjunto afirma que “o Irã reafirma que sob nenhuma circunstância procurará, desenvolverá ou adquirirá armas nucleares”.
A medida, que tem um prazo de 15 anos, exige que o país reduza as suas centrifugadoras em dois terços. Também proíbe o enriquecimento em instalações importantes.
Em troca, o país obteria alívio das sanções econômicas e permissão para continuar o seu programa nuclear pacífico.
Em 8 de maio de 2018, o então presidente Donald Trump anunciou que os Estados Unidos se retirariam oficialmente do acordo nuclear com o Irã.
Em 30 de novembro de 2006, o ministro das Relações Exteriores do Japão, Taro Aso, afirmou que o Japão tinha o conhecimento e a capacidade para produzir armas nucleares, mas não tinha planos para fazê-lo.
Belarus ainda tem um programa civil de investigação nuclear.
Embora tenha herdado ogivas nucleares após o colapso da União Soviética, o Cazaquistão transferiu o inventário para a Rússia.
Após o colapso da União Soviética, a Ucrânia tinha o terceiro maior arsenal de armas nucleares. Os dispositivos foram devolvidos à Rússia.
Depois de desenvolver armas nucleares na década de 1970, o país interrompeu o seu programa e se tornou um Estado sem armas nucleares em 1991.
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