Segundo informações, semanas antes da tomada de poder pelos rebeldes, os ministérios das Relações Exteriores da Rússia, Irã e Turquia se reuniram no Catar para discutir a transição política na Síria. Entre os temas abordados, estava o oferecimento de exílio para Assad.
Apesar da confirmação sobre o asilo, o Kremlin mantém silêncio sobre o paradeiro específico do ex-líder sírio. A situação marca uma derrota significativa para a Rússia e o Irã, principais apoiadores do regime de Assad durante anos de guerra civil.
A queda do regime de Assad deixa a Síria em uma situação extremamente volátil. Diversos grupos rebeldes, com ideologias e apoios internacionais distintos, agora disputam o controle do país. Há preocupações sobre a possibilidade de conflitos entre essas facções, similar ao ocorrido na Líbia após a queda de Muammar Gaddafi.
O grupo rebelde HTS (Hayat Tahrir al-Sham), considerado o mais forte entre os que chegaram à capital Damasco, surge como potencial formador de um novo governo. No entanto, há temores de que uma istração liderada por eles possa ter tendências fundamentalistas.
A Rússia, por sua vez, busca manter suas bases aérea e naval em território sírio, obtidas através de um acordo com o governo de Assad. As negociações com os rebeldes para a manutenção dessas instalações serão cruciais para os interesses russos na região.
Diante da instabilidade, vários países, incluindo o Brasil, já iniciaram a retirada de seus diplomatas de Damasco. A medida é vista como prudente, dado o risco de escalada da violência na capital síria nos próximos dias.