A rápida entrada dos insurgentes na capital também surpreendeu os cidadãos e o resto do mundo.
Veja como a ascensão dos rebeldes ao poder se desenrolou na matéria abaixo.
Forças rebeldes sírias lançaram um ataque em larga escala contra as tropas de Assad no oeste de Aleppo, a segunda maior cidade do país, marcando o primeiro conflito entre os dois lados em anos.
Pelo menos 37 pessoas foram mortas — tanto integrantes do regime quanto das milícias aliadas — e os rebeldes tomaram 13 vilas, incluindo as cidades estratégicas de Urm al-Sughra e Anjara, bem como a Base 46, a maior base do Exército sírio no oeste de Aleppo.
Em 30 de novembro, os grupos rebeldes conduziram uma ofensiva rápida, matando dezenas de soldados do governo e tomando o controle de Aleppo, a segunda maior cidade da Síria.
Os rebeldes tomam Hama, uma cidade localizada em uma encruzilhada importante no centro-oeste da Síria.
Vídeos geolocalizados pela CNN mostraram combatentes rebeldes comemorando — quase incrédulos com seu progresso — ao entrarem em Hama.
As forças da oposição continuaram seu avanço em direção a Damasco, tomando a cidade de Daraa com a assistência de facções rebeldes que representavam a seita drusa na cidade vizinha de as-Suwayda.
Depois de se mover para o sul por dias, o Hayat Tahrir al-Sham (HTS) rapidamente assume o controle de Homs.
Na noite de sábado (7), o HTS afirmou que havia "libertado totalmente" a cidade principal, enquanto os sírios arrancavam cartazes de Assad e ateavam fogo neles.
No início da manhã de 8 de dezembro, rebeldes sírios declararam a capital Damasco “livre” após entrarem na cidade com muito pouca resistência das forças do regime.
O regime da família Assad foi derrubado na Síria no dia 8 de dezembro, após 50 anos no poder, quando grupos rebeldes tomaram a capital Damasco.
O presidente Bashar al-Assad fugiu do país e está em Moscou após ter conseguido asilo, segundo uma fonte na Rússia.A guerra civil da Síria começou durante a Primavera Árabe, em 2011, quando o regime de Bashar al-Assad reprimiu uma revolta pró-democracia.
O país mergulhou em um conflito em grande escala quando uma força rebelde foi formada, conhecida como Exército Sírio Livre, para combater as tropas do governo.
Além disso, o Estado Islâmico, um grupo terrorista, também conseguiu se firmar no país e chegou a controlar 70% do território sírio.
Os combates aumentaram à medida que outros atores regionais e potências mundiais — da Arábia Saudita, Irã, Estados Unidos à Rússia — se juntaram, intensificando a guerra no país para o que alguns observadores descreveram como uma "guerra por procuração".
A Rússia se aliou ao governo de Bashar al-Assad para combater o Estado Islâmico e os rebeldes, enquanto os Estados Unidos lideraram uma coalizão internacional para repelir o grupo terrorista.
Após um acordo de cessar-fogo em 2020, o conflito permaneceu em grande parte "adormecido", com confrontos pequenos entre os rebeldes e o regime de Assad.
Mais de 300 mil civis foram mortos em mais de uma década de guerra, de acordo com a ONU, e milhões de pessoas foram deslocadas pela região.