Austin também alertou que o Estado Islâmico poderia tentar “tirar vantagem” da situação.

“Acho que toda a comunidade internacional ficou surpresa ao ver que as forças da oposição agiram tão rapidamente”, declarou à imprensa.

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“Acho que todos esperavam ver uma resistência muito mais dura por parte das forças de Assad... Em termos do que aconteceu, é claro que, à medida que isto se desenrola, há um potencial de que elementos na área, como o Estado Islâmico, possam tentar tirar vantagem deste cenário", adicionou.

Austin destacou os ataques significativos dos EUA que ocorreram no fim de semana contra alvos do Estado Islâmico e disse que o país “ainda está avaliando os resultados”.

“Acho que descobriremos que tivemos muito sucesso”, pontuou.

Entenda o conflito na Síria

O regime da família Assad foi derrubado na Síria no dia 8 de dezembro, após 50 anos no poder, quando grupos rebeldes tomaram a capital Damasco.

O presidente Bashar al-Assad fugiu do país e está em Moscou após ter conseguido asilo, segundo uma fonte na Rússia.

A guerra civil da Síria começou durante a Primavera Árabe, em 2011, quando o regime de Bashar al-Assad reprimiu uma revolta pró-democracia.

O país mergulhou em um conflito em grande escala quando uma força rebelde foi formada, conhecida como Exército Sírio Livre, para combater as tropas do governo.

Além disso, o Estado Islâmico, um grupo terrorista, também conseguiu se firmar no país e chegou a controlar 70% do território sírio.

Os combates aumentaram à medida que outros atores regionais e potências mundiais — da Arábia Saudita, Irã, Estados Unidos à Rússia — se juntaram, intensificando a guerra no país para o que alguns observadores descreveram como uma "guerra por procuração".

A Rússia se aliou ao governo de Bashar al-Assad para combater o Estado Islâmico e os rebeldes, enquanto os Estados Unidos lideraram uma coalizão internacional para repelir o grupo terrorista.

Após um acordo de cessar-fogo em 2020, o conflito permaneceu em grande parte "adormecido", com confrontos pequenos entre os rebeldes e o regime de Assad.

Mais de 300 mil civis foram mortos em mais de uma década de guerra, de acordo com a ONU, e milhões de pessoas foram deslocadas pela região.

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