Equipes de resgate no local do desabamento de ponte que matou sete pessoas na região de Bryansk, na Rússia
O Comitê Investigativo da Rússia informou neste domingo (1º) que explosões causaram os desabamentos de duas pontes nas regiões de Bryansk e Kursk, perto da fronteira da Ucrânia.
Os colapsos deixaram sete mortos e 69 feridos.
O primeiro caso envolveu uma ponte que a em cima de uma ferrovia na região de Bryansk. A explosão aconteceu às 22h50, no horário local, no sábado, no momento em que um trem com 388 ageiros com destino a Moscou ava por baixo da estrutura, disseram investigadores russos.
ageiros tiveram que sair de vagões destruídos no escuro. Imagens divulgadas mostram que parte da locomotiva foi esmagada e os vagões destruídos.
"A ponte foi explodida enquanto o trem Klimovo-Moscou ava com 388 ageiros a bordo", disse Alexander Bogomaz, governador da região, à televisão russa.
Já a segunda explosão foi registrada quatro horas depois em uma ponte ferroviária que a por cima de uma rodovia na região vizinha de Kursk. A estrada foi atingida com pedaços de um trem de carga que ava no momento da detonação, afirmaram os investigadores.
O Comitê Investigativo da Rússia, que investiga crimes graves, relacionou os dois casos e afirmou explicitamente que as duas pontes foram explodidas.
O presidente Vladimir Putin foi informado sobre as explosões pelo Serviço Federal de Segurança (FSB) e pelo Ministério de Emergências, informou o Kremlin. Putin também conversou com o governador de Bryansk, Alexander Bogomaz.
As regiões russas, que fazem fronteira com a Ucrânia, têm sido alvo de ataques frequentes do Exército ucraniano, em guerra com a Rússia desde 2022.
Tanto a Ucrânia, quanto a Rússia negam ter civis como alvos nos combates.
A Ucrânia não fez comentários imediatos sobre as explosões.
Políticos russos se alinharam para culpar a Ucrânia, afirmando que se tratava claramente de sabotagem com o objetivo de sabotar as negociações de paz exigidas pelos Estados Unidos.
"Isso é definitivamente obra dos serviços especiais ucranianos", disse o presidente do Comitê de Defesa da Câmara Baixa do Parlamento russo, Andrei Kartapolov, ao canal SHOT Telegram.
"Tudo isso visa endurecer a posição da Federação Russa e incitar a agressão antes das negociações. E também intimidar as pessoas. Mas eles não terão sucesso", afirmou.
Na segunda-feira (2), diplomatas da Rússia e da Ucrânia devem se reunir em negociações diretas em Istambul, na Turquia.
O objetivo é discutir um possível fim de uma guerra que, segundo Washington, matou e feriu pelo menos 1,2 milhão de pessoas.
O presidente dos EUA, Donald Trump, exigiu que as partes fizessem a paz e ameaçou se retirar caso não veja avanços nas conversas. Na prática, isso significaria transferir a responsabilidade de apoiar a Ucrânia militarmente exclusivamente para os países europeus.