O presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, confirmou que Putin não estará presente no evento, que ocorre no final de agosto, "por acordo mútuo". O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, deve comparecer como representante do país.
A África do Sul enfrentou um dilema ao sediar a cúpula porque, como membro do Tribunal Penal Internacional (TPI), teoricamente teria que prender Putin por supostos crimes de guerra se ele particie.
Em março, o TPI emitiu um mandado de prisão contra Putin, acusando-o do crime de guerra de deportar crianças ilegalmente da Ucrânia. A Rússia afirma que o mandado é legalmente nulo, já que o país não é membro do TPI.
Uma submissão do tribunal local publicada na terça-feira (18) revelou que o presidente sul-africano pediu permissão ao TPI para não prender Putin porque isso equivaleria a uma declaração de guerra.
O Kremlin informou que a Rússia não disse à África do Sul que prender Putin por conta do TPI significaria "guerra", mas que "todos entenderam" o que isso significaria, mesmo sem que lhes fosse explicado.
Os líderes do Brasil, Índia e China ainda devem comparecer pessoalmente à cúpula.
A África do Sul diz ser neutra no conflito com a Ucrânia, mas tem sido criticada pelas potências ocidentais por ser amiga da Rússia, historicamente uma forte aliada do governista Congresso Nacional Africano.