Neste mês, houve um recorde de 2.434 drones russos lançados contra a Ucrânia, contra 1.912 em outubro e 1.331 em setembro, de acordo com uma contagem da CNN baseada em números do Comando da Força Aérea.

A intensificação da ofensiva aérea russa ocorre em um mês em que as tensões entre o país e o Ocidente também aumentaram e com a marca de mil dias de guerra.

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No início deste mês, os Estados Unidos permitiram que a Ucrânia use armas americanas de longo alcance contra alvos dentro da Rússia.

Em resposta ao lançamento de mísseis ATACMS fabricados nos EUA contra o seu território, a Rússia lançou um novo míssil balístico não nuclear contra a região ucraniana de Dnipro na semana ada.

Além disso, mais de um milhão de casas ucranianas ficaram sem energia depois que a Rússia lançou um bombardeio noturno contra infraestruturas energéticas críticas, disseram as autoridades na quinta-feira (28).

Este é o 11º ataque russo em grande escala contra a estrutura de fornecimento de energia ucraniano só este ano, segundo o Ministério da Energia de Kiev.

Entenda a guerra entre Rússia e Ucrânia

A Rússia invadiu a Ucrânia em fevereiro de 2022 e entrou no território por três frentes: pela fronteira russa, pela Crimeia e por Belarus, país forte aliado do Kremlin.

Forças leais ao presidente Vladimir Putin conseguiram avanços significativos nos primeiros dias, mas os ucranianos conseguiram manter o controle de Kiev, ainda que a cidade também tenha sido atacada. A invasão foi criticada internacionalmente e o Kremlin foi alvo de sanções econômicas do Ocidente.

Em outubro de 2024, após milhares de mortos, a guerra na Ucrânia entrou no que analistas descrevem como o momento mais perigoso até agora.

As tensões se elevaram quando o presidente russo, Vladimir Putin, ordenou o uso de um míssil hipersônico de alcance intermediário durante um ataque em solo ucraniano. O projétil carregou ogivas convencionais, mas é capaz de levar material nuclear.

O lançamento aconteceu após a Ucrânia fazer uma ofensiva dentro do território russo usando armamentos fabricados por potências ocidentais, como os Estados Unidos, o Reino Unido e a França.

A inteligência ocidental denuncia que a Rússia está usando tropas da Coreia do Norte no conflito na Ucrânia. Moscou e Pyongyang não negam, nem confirmam o relato.

O presidente Vladimir Putin, que substituiu seu ministro da Defesa em maio, disse que as forças russas estão avançando muito mais efetivamente - e que a Rússia alcançará todos os seus objetivos na Ucrânia, embora ele não tenha dado detalhes.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse acreditar que os principais objetivos de Putin são ocupar toda a região de Donbass, abrangendo as regiões de Donetsk e Luhansk, e expulsar as tropas ucranianas da região de Kursk, na Rússia, das quais controlam partes desde agosto.

*Svitlana Vlasova, Victoria Butenko, Edward Szekeres e Lauren Kent, da CNN, contribuíram para esta reportagem

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