O conclave, processo de eleição do novo papa, líder da Igreja Católica, acontece após a morte ou renúncia do pontífice.
Após o anúncio da morte do papa Francisco, na madrugada dessa segunda-feira (21), surgiram dúvidas sobre como se dará a sucessão da posição, após 12 anos do papado de Francisco.
A expectativa é de que o início do processo de escolha comece entre os dias 6 e 11 de maio.
Envolto em segredo e tradição, o ritual, que remonta ao século XIII, é marcado por votações secretas realizadas por cardeais com menos de 80 anos, isolados em um ambiente fechado até a escolha do novo líder.
O conclave acontece entre 15 e 20 dias após a morte ou renúncia do Papa, com início marcado por uma missa na Basílica de São Pedro. A votação acontece na Capela Sistina.
Uma vez que os cardeais chegam ao Vaticano, o conclave inicia-se com uma missa matinal especial na Basílica de São Pedro. Em seguida, eles se dirigem à Capela para dar início ao processo de eleição.
O primeiro dia é dedicado a missas e orações, podendo haver uma votação no mesmo dia, caso as atividades religiosas finalizem pela tarde. Se não houver um vencedor, são realizadas até quatro votações diárias - duas de manhã e duas à tarde - até o terceiro dia.
O quarto dia, sem definição, é destinado à oração e discussão. Posteriormente, o processo pode continuar por mais sete rodadas de votação, seguidas de nova pausa para orações e retorno das votações. Geralmente, nenhum conclave recente durou mais de quatro dias.
As orações são parte fundamental do conclave. A votação, vista como uma busca pela vontade de Deus, é permeada por missas e orações para orientar a escolha, segundo especialistas. Apesar das regras, a duração do processo pode variar. Embora existam quatro escrutínios diários, a escolha pode ocorrer em qualquer votação.
O sigilo é rigoroso, e a quebra do mesmo pode levar à excomunhão - penalidade da Igreja católica que exclui alguém dos bens espirituais comuns. Os cardeais recebem cédulas onde escrevem o nome do escolhido, em voto secreto e anônimo.
A palavra conclave vem do latim “cum clavis” (fechado a chave). Os cardeais ficam confinados para escolher o novo Papa sem interferência externa. O processo é secreto, carregado de mistério, ritual e tradição. O isolamento garante a livre escolha sem influências externas, proibindo contato com pessoas de fora do processo, leitura de notícias ou recebimento de mensagens.
Tecnicamente, qualquer homem católico pode ser eleito papa. Na prática, desde 1379, a escolha recai sobre um cardeal do Colégio dos Cardeais. Participam da votação presencial apenas os cardeais com menos de 80 anos.
Muitos são bispos e arcebispos nomeados pelo último papa, que atuam como assessores em questões religiosas, trabalhando no Vaticano ou istrando dioceses e arquidioceses pelo mundo.
**Com informações da Reuters e da CNN Internacional.