Mansour citou o caso da doutora Alaa al-Najjar, uma médica palestina que perdeu nove de seus 10 filhos. Eles chegarem ao hospital onde trabalhava já mortos.
"Um horror e um trauma que a mente não consegue compreender, o coração não consegue ar", disse ele.
Mansour afirmou que mais de 1.300 crianças palestinas foram mortas e cerca de 4 mil ficaram feridas desde que Israel retomou as operações militares em Gaza após o colapso do cessar-fogo em março.
"Estas são crianças. Crianças... Crianças! Dezenas de crianças estão morrendo de fome. As imagens de mães abraçando seus corpos imóveis, acariciando seus cabelos, conversando com elas, pedindo desculpas, são ináveis", destacou.
Em seguida, Mansour bateu com o punho na mesa e começou a chorar, interrompendo o discurso.
"Tenho netos. Sei o que eles significam para suas famílias, e ver essa situação envolvendo os palestinos sem que tenhamos coragem de fazer algo está além da capacidade de qualquer ser humano normal de tolerar", adicionou.
O conflito em Gaza começou no dia 7 de outubro de 2023, quando combatentes do Hamas invadiram o território israelense, mataram 1.200 pessoas e sequestraram 251, segundo contagem do governo de Israel.
Até o momento, os ataques do Exército israelense já mataram mais de 54 mil palestinos na Faixa de Gaza, de acordo com autoridades de saúde locais, e reduziram grande parte do território a escombros.