Por meio de uma publicação na rede social X, Zelensky escreveu que ligou para o pontífice e ambos conversaram sobre o país em guerra.

I spoke with Pope Leo XIV. It was our first conversation, but already a very warm and truly substantive one.

I thanked His Holiness for his of Ukraine and all our people. We deeply value his words about the need to achieve a just and lasting peace for our country and the… pic.twitter.com/4ocbA7jnMK

— Volodymyr Zelenskyy / Володимир Зеленський (@ZelenskyyUa) May 12, 2025

O líder ucraniano falou que agradeceu ao papa pelo apoio e que a Ucrânia valoriza profundamente as palavras do pontífice “sobre a necessidade de alcançar uma paz justa e duradoura para o país e a libertação dos prisioneiros.”

Outro assunto discutido em ligação, foram as milhares de crianças ucranianas deportadas para a Rússia.

Segundo Zelensky, o país “conta com a ajuda do Vaticano para trazê-las de volta para suas famílias.”

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Ainda sobre a guerra, ele mencionou o encontro com líderes europeus no final de semana. “Informei o papa sobre o acordo entre a Ucrânia e nossos parceiros de que, a partir de hoje, um cessar-fogo total e incondicional por pelo menos 30 dias deve começar”.

“Também reafirmei a prontidão do país para novas negociações em qualquer formato, incluindo conversas diretas — uma posição que temos enfatizado repetidamente. A Ucrânia quer acabar com esta guerra e está fazendo tudo para conseguir isso”, acrescentou.

Segundo ele, os países esperam medidas semelhantes da Rússia.

Por fim, na publicação Volodymyr Zelensky diz que convidou o pontífice para fazer uma viagem apostólica à Ucrânia, relatando que “a visita traria esperança real a todos os fiéis e a todo o nosso povo.”

O presidente ucraniano relatou que ambos concordaram em manter contato e planejar uma reunião presencial em um futuro próximo.

Reunião de Líderes Europeus em Kiev

Líderes da Alemanha, França, Reino Unido e Polônia se reuniram na capital Kiev, na Ucrânia, no sábado (10) e se encontraram com o presidente Volodymyr Zelensky para discutir um cessar-fogo na guerra.

No mesmo dia, os chefes de Estado realizaram uma ligação “proveitosa” com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, focada nos esforços de paz, disse Andrii Sybiha‎, ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, em uma publicação no X.

Following the Coalition of the Willing meeting in Kyiv, all five leaders @ZelenskyyUa @EmmanuelMacron @bundeskanzler @donaldtusk @Keir_Starmer had a fruitful call with @POTUS focused on peace efforts.

Ukraine and all allies are ready for a full unconditional ceasefire on land,… pic.twitter.com/MEfbtjtE4m

— Andrii Sybiha 🇺🇦 (@andrii_sybiha) May 10, 2025

“A Ucrânia e todos os aliados estão prontos para um cessar-fogo total e incondicional em terra, ar e mar por pelo menos 30 dias, a partir de segunda-feira”, continuou Sybiha, acrescentando que uma “trégua duradoura” poderia abrir caminho para negociações de paz em larga escala, se a Rússia concordar.

O Secretário-Geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Mark Rutte, declarou em uma publicação no X que participou de uma chamada com mais de 20 líderes mundiais na manhã do sábado (10) com intuito de “avançar nos esforços para garantir uma paz justa e duradoura para a Ucrânia”.

“Isso começa com um cessar-fogo incondicional de 30 dias e deve ser sustentado por um apoio contínuo e concreto”, acrescentou Rutte.

ed more than 20 leaders for the Coalition of the Willing call this morning to advance efforts to ensure a just and lasting peace for Ukraine 🇺🇦
This starts with a 30-day unconditional ceasefire and must be underpinned by continued, concrete
It’s clear from our… https://t.co/8oLPpe8DnG

— Mark Rutte (@SecGenNATO) May 10, 2025

A Ucrânia e aliados na Europa pediram ao presidente da Rússia, Vladimir Putin, que concorde com um cessar-fogo de 30 dias, com começo imediato nesta segunda-feira (12).

Até o momento, a Rússia se recusou a se comprometer com uma interrupção de 30 dias, afirmando apoiar a ideia em princípio, mas insiste que há o que chama de “nuances” que precisam ser abordadas primeiro.

*Sob supervisão de Polianne Lima

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