No Museu da Imaginação, a exposição "Volta ao Mundo" começa em uma espécie de "sala de cinema", na qual um vídeo apresenta a mostra aos visitantes • Divulgação/Museu da Imaginação
O Museu da Imaginação, em São Paulo, inaugura o segundo andar do prédio no próximo sábado (7), com duas exposições fixas: "Volta ao Mundo", que a por todas as Eras da humanidade, e "Jornada da Água", sobre a relação entre a sociedade e o elemento. A CNN conferiu as novas instalações com exclusividade nesta sexta-feira (30).
A mostra “Volta ao Mundo”, que tem cerca de um milhão de blocos (ou peças) de montar, espalhados em 600 metros quadrados, começa com uma espécie de sessão de cinema para 24 pessoas por vez. Dentro de uma réplica de máquina do tempo, cercada por janelas que também se tornam telas, os visitantes assistem a um filme as diferentes fases da humanidade, enquanto as cadeiras, onde os visitantes ficam sentados, se inclina para frente e para trás. O controle de o à sala é feito por monitores do museu.
Em seguida, o público se dirige às salas da exposição, que começa no Egito antigo. De cara, é possível encontrar as construções artísticas dos blocos de montar, feitas e pintadas por artistas internacionais. A sala ainda tem uma réplica de esfinge com um jogo interativo.
Ao fundo do ambiente, uma voz conta as histórias daquela era. “Vamos fazer audioguia e videoguia para quem tem deficiência visual e auditiva”, pontua Gabriel Giannini, gerente de projetos do Museu da Imaginação.
Ele também explica que cada monumento da mostra “Volta do Mundo” terá um código para ar o conteúdo de ibilidade.
Ao total, são mais de um milhão de blocos de montar, que aparecem em maquetes ou em objetos, como a réplica da Ópera de Sidney, na Austrália, ou do Coliseu, em Roma, na Itália. Com 114 mil peças, a de Jerusalém, por exemplo, é a maior no quesito de quantidade de itens que tornaram a obra alta e detalhada.
Outro destaque é a sala Legado de Roma, onde se encontram as maquetes de monumentos históricos da Itália, como a Fontana di Trevi e da Torre de Pisa, feitas por um artista do país, que enviou o item em um avião para o Brasil.
No entanto, a Torre de Pisa — a mais alta da exposição, com 170 centímetros — desmontou durante a viagem de avião, mas o funcionário Carlos, que trabalhou na exposição, conseguiu reconstruir a maquete em apenas dois dias. Como? Olhando fotos da maquete pronta, antes de chegar no museu.
"Um dos nossos colaboradores na montagem, que é o Carlos, um rapaz super especialista em blocos de montar, conseguiu reconstituir todas essas peças e juntá-las no formato correto, refazendo o trabalho do artista apenas com as referências visuais", disse Giannini.
O público ainda encontra outras maquetes de blocos de montar, como a da cidade de Roma e a da Catedral de Notre-Dame e a Torre Eiffel, em Paris, na França. O Titanic, a cidade de Londres, a Mesopotâmia, a Cidade Proibida da China, os povos gregos, os jardins da Babilônia, a Batalha do Peloponeso e até a franquia de "Harry Potter" também ganharam espaços na mostra.
Pouco antes de encerrar a exposição, há uma pequena sala com uma maquete de blocos de montar do Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (Masp) e seus arredores, como a Avenida Paulista, em São Paulo.
"O storytelling da nossa viagem é justamente uma viagem pelo tempo, em que você vai parar no Egito por conta da máquina do tempo", disse Giannini. "A última agem para chegar onde a gente está, que é a Era da Imaginação, é justamente por São Paulo, na época da construção do Masp Então, a gente recriou o Masp com artistas brasileiros que toparam esse desafio", acrescentou.
A sala final é a da imaginação, onde há maquetes de blocos de montar de parques de diversões, além de peças para as crianças brincarem. “Volta ao Mundo” também tem jogos interativos e educativos espalhados pelas salas, voltados para a aprendizagem e educação.
"Volta ao Mundo" custou "alguns milhões", segundo Giannini, e também contou com fundos da Lei Rouanet, que determina que pessoas físicas e empresas podem patrocinar exposições, espetáculos, livros, museus, galerias e afins, abatendo o valor total ou parcial de seu Imposto de Renda.
Ao final da exposição "Volta ao Mundo", o público encontra uma porta para entrar na "Jornada da Água", uma mostra que fala como o elemento "influenciou o desenvolvimento da nossa sociedade", segundo Paulo Takahashi, coordenador de Projetos do Museu da Imaginação.
"A gente visita a [exposição] 'Volta ao Mundo', a ao longo de todas as eras humanas e ao final, a gente entra na exposição 'Jornada da Água' para complementar essa jornada humana, servindo como um complemento de toda essa viagem", disse ele à CNN.
A atração principal dessa a exposição é uma espécie de piscina, ou mesa d'água, na qual os visitantes podem interagir com o elemento. "A gente tem vários elementos que falam sobre a história da água e como que a gente lida com ela por meio de brincadeiras", explicou.
Entre as brincadeiras que ele mencionou, há as comportas em um plano inclinado, onde a água se acumula de um lado para os visitantes removerem a barreira que a impede de vazar, controlando o caminho por onde ela a.
A mesa também tem um moinho de pilões, competição de pistolas, como se fosse em uma mesa de futebol, bomba d'água e barquinhos que giram com cordas.
"A gente está em São Paulo e não é sempre que as crianças têm oportunidade de lidar com a água, para além de mergulhar na piscina", comentou. "A ideia é que as crianças retomem esse contato com a água."
A inauguração das exposições — e do novo andar — para o público ocorre no dia 7 de junho e conta com uma apresentação de Luna, personagem da série animada "Show da Luna". Os ingressos custam R$ 120 por pessoa (adulto ou infantil), sendo que há combos promocionais disponíveis para a data.