O anúncio, de acordo com a advogada e presidente do Instituto Liberta Luciana Temer, é positivo para o ensino do País.

À CNN Rádio, no CNN Educação, ela, que atua com o Instituto para a prevenção da violência sexual, explicou que há muita desinformação sobre o tema.

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“O papel da educação sexual é evitar a violência sexual e trazer consciência e responsabilidade para jovens”, explicou.

Luciana lembrou que o anuário brasileiro de segurança trouxe números alarmantes sobre os estupros cometidos contra menores e, em especial, dos que aconteceram dentro de casa, por pessoas conhecidas.

“O quadro que temos é de que temos números gigantes de violência sexual contra crianças e adolescentes que são interfamiliares”, disse.

Por esse motivo, “a escola tem o papel muito importante para a prevenção da violência.”

“Por exemplo, no caso das crianças pequenas, é importante alertá-las sobre as partes do corpo que não podem ser tocadas por ninguém e que elas têm o direito de dizer não, que há coisas que não são ‘brincadeiras’ ou ‘segredos”, disse.

No caso dos adolescentes, a especialista destaca a necessidade de se falar sobre sexualidade e saúde, já que temos 20 mil meninas menores de 14 anos tendo filhos.

“É sobre isso que temos que conversar”, defendeu.

Ao mesmo tempo, Luciana Temer vê a necessidade da inclusão da família dos alunos: “Os pais devem ser chamados, até para entender sobre o que vai ser falado com os seus filhos.”

“O programa do Ministério da Saúde com o MEC prevê essa integração, acredito que pais devem ser incluídos nessa conversa”, concluiu.

*Com produção de Isabel Campos

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