Em entrevista à CNN Rádio nesta quarta-feira (20), ela explicou que o texto é “um marco simbólico”: “Ao publicar o protocolo, o Poder Judiciário reconhece a presença de desigualdades históricas, sociais, políticas às quais as mulheres são submetidas e também reconhece a influência do direito na produção e aplicação dessas desigualdades.”

Em 132 páginas, o protocolo apresenta ferramentas conceituais, que, segundo Leonora, trazem a definição de gênero e sexo, além de dar “arcabouço para o magistrado” no exercício jurisdicional e abrange justiça federal, estadual, do trabalho, eleitoral e militar.

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A advogada reforça que o texto traz um o a o, de elementos que o juiz precisa olhar na questão de gênero, traz a “lente de gênero” para a prática.

“A gente recomenda, por exemplo, que o julgador se pergunte se ‘é possível que as desigualdades sociais interfiram no processo’ ou ainda ‘qual o espaço igualitário que posso proporcionar para essas mulheres’”, disse.

Leonora ainda afirma que essa “lente de gênero” tem que ser aplicada ao longo de todo o procedimento de um magistrado ou magistrada.

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