“O valor de US$ 1,3 trilhão não é necessidade dos países em desenvolvimento, mas sim responsabilidade dos países desenvolvidos que não estão liberando esse recurso”; e ainda, “Se o recurso não vier para países em desenvolvimento, não teremos como contribuir com a descarbonização. É uma responsabilidade de todos, e tem que ser corresponsabilidade de países desenvolvidos e em desenvolvimento, bancos, órgãos multilaterais”, afirmou a Ana Toni.

Durante o , a CEO da COP30 revelou que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, já acionou a secretária de Assuntos Internacionais da pasta, Tatiana Rosito, para entrar em contato com ministros de Finanças de outros países. A intenção é liderar a elaboração de um novo relatório internacional sobre finanças climáticas, que deverá ser apresentado até novembro, na conferência de Belém.

Segundo ela, o financiamento climático “não é doação, não é bondade, não é caridade” e precisa ser entendido como um compromisso global com resultados concretos. “A gente precisa de muito mais que 1,3 trilhão, mas 1,3 trilhão é um bom começo”, disse. “Precisamos trazer para a mesa todos os representantes para debater o papel de cada um na descarbonização do planeta”.

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Outro destaque foi a participação de Dan Ioschpe, campeão de alto nível da COP30 e representante do setor privado no engajamento climático global. Ele defendeu que empresas e empreendedores apresentem projetos prontos para serem financiados e sugeriu a criação de uma plataforma para reunir iniciativas, facilitando a ponte com investidores.

“Temos as dificuldades, mas não podemos dar todo valor às dificuldades. Precisamos olhar o copo meio cheio, trazer nossos projetos para a mesa e mostrar para quem quer investir”, disse. “É muito importante a questão do financiamento com base nas questões da natureza. Como a iniciativa do TFFF, o Fundo das Florestas Tropicais Para Sempre. Espero que dê frutos tangíveis nesse ciclo de 2025, mas com certeza vai dar muitos resultados mais para frente.”

A COP30 será realizada em Belém (PA) entre os dias 10 e 21 de novembro e deve reunir representantes de quase 200 países. O Brasil aposta na conferência como marco da transição climática global, com foco em justiça climática, financiamento e soluções baseadas na natureza.

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