O início da campanha de vacinação ocorre em meio a um cenário preocupante de aumento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no país. De acordo com o novo Boletim InfoGripe, divulgado pela Fiocruz na última quinta-feira (15), a influenza A se tornou a principal causa de mortalidade por SRAG em idosos. A doença também está entre as três maiores causas de morte por SRAG entre crianças pequenas.

A análise, que considera a Semana Epidemiológica 19 (de 4 a 10 de maio), revela ainda crescimento nas hospitalizações por influenza A em diversos estados do país, principalmente nas regiões Centro-Sul, além de alguns estados do Norte e Nordeste. Já o Vírus Sincicial Respiratório (VSR) continua sendo o principal causador de SRAG em crianças pequenas, mas apresenta sinais de desaceleração em parte do país.

Entre os vírus respiratórios detectados nas últimas semanas, a prevalência entre os óbitos foi de 63,7% para influenza A, 12,9% para covid-19, 14% para VSR, 10,3% para rinovírus e 1,4% para influenza B.

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A pesquisadora Tatiana Portella, da Fiocruz, alerta que o aumento da circulação de vírus respiratórios exige reforço nos cuidados, especialmente com a vacinação dos grupos vulneráveis. “A vacina é a forma mais eficaz de evitar hospitalizações e mortes por influenza e covid. O uso de máscaras em locais fechados ou com aglomeração, especialmente em caso de sintomas gripais, continua sendo essencial”, reforça.

Atualmente, 14 capitais, incluindo o Rio de Janeiro, estão em nível de alerta, risco ou alto risco para SRAG, com tendência de aumento nos casos. No total, 15 estados apresentaram crescimento na incidência de SRAG na população em geral.

A campanha de vacinação contra a covid-19 no Rio também faz parte da estratégia de enfrentamento ao avanço da doença, que ainda responde a causa de óbitos por SRAG entre idosos. A meta da SMS é vacinar o maior número possível de pessoas dos grupos prioritários nas próximas semanas.

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