Segundo as investigações, o verdadeiro responsável pelo empreendimento milionário é o traficante Fhilip Gregorio da Silva, conhecido como “Professor”, morto no último domingo (1). Ele foi apontado como um financiador oculto.
Disfarçado de sócio-investidor, ele teria injetado dinheiro ilícito, camuflando sua participação no negócio.
Além do restaurante, o “Professor” usava eventos culturais — como o conhecido Baile da Escolinha, realizado na comunidade da Fazendinha, no Complexo do Alemão — como mecanismos para lavar dinheiro. Os bailes, regados a funk, ostentação e exibição de armas, serviam não apenas como ponto de venda de drogas, mas também como vitrine para a lavagem de dinheiro em larga escala, conforme revelou a apuração.
"Ele utilizava prática de bailes funk para ajudar essa lavagem de dinheiro e aquisição de valores, já limpo, para compra de bens, armas, drogas e a promoção de venda de drogas e ostentação de armas no interior da comunidade”, detalhou o titular da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF), delegado Jefferson Ferreira. "Esse restaurante, inclusive, sócio relatou em redes sociais que conseguiu um sócio investidor, porque já estava quebrando."
Ainda de acordo com a cúpula da Polícia Civil, a operação realizada hoje envolve um montante de R$ 250 milhões. O secretário de Estado da corporação, delegado Felipe Curi, destacou que as operações são periódicas e visam quebrar o esquema financeiro das organizações criminosas.
“O dinheiro é o que impele o bandido a perpetuar essa sequência de crimes que atribulam e trazem inutilidade para a sociedade do Rio de Janeiro”, concluiu Curi.
Nesta etapa da operação, foram cumpridos 35 mandados de busca e apreensão, e 38 contas bancárias foram bloqueadas, incluindo as da esposa do MC Poze do Rodo, a influenciadora Viviane Noronha.