MC Poze do Rodo, nome artístico de Marlon Brandon Coelho Couto Silva, foi preso na manhã desta quinta-feira (29), no Rio de Janeiro, sob acusações de apologia ao crime e envolvimento com a facção Comando Vermelho (CV).
O funkeiro, um dos principais nomes do gênero no estado, ficou conhecido no fim dos anos 2010 por retratar a realidade das comunidades cariocas em canções como “Me Sinto Abençoado” e “A Cara do Crime”.
Com mais de 15 milhões de seguidores nas redes sociais, Poze ostenta uma vida de luxo, mas sua trajetória é marcada por controvérsias. Em 2019, foi detido durante um show em Mato Grosso e, em 2023, virou alvo da Operação Rifa Limpa, por promover sorteios ilegais.
Agora, a Polícia Civil aponta ligações diretas com o Comando Vermelho, afirmando que seus shows funcionariam como vitrine e instrumento de lucro para a facção, com presença de criminosos armados e letras que exaltam o tráfico.
Um desses eventos foi realizado no dia 19 de maio deste ano, na comunidade da Cidade de Deus, com a presença de diversos traficantes armados. O show, onde o cantor teria cantado músicas enaltecendo a facção criminosa, ocorreu poucas horas antes da morte do policial civil José Antônio Lourenço, integrante da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), em uma operação policial na comunidade.
Nascido e criado no Rodo, comunidade de Santa Cruz, Poze já itiu envolvimento com o tráfico na adolescência. Apesar de dizer que usa sua arte para alertar os jovens sobre os perigos do crime, seu nome volta ao centro de investigações que questionam os limites entre liberdade artística e incentivo à criminalidade.
As apurações continuam, enquanto o artista segue detido para prestar esclarecimentos a polícia.
A defesa do MC Poze do Rodo informou que ainda não teve o aos autos e só vai se manifestar após isso.
