O julgamento de Paulo Cupertino Matias, acusado de triplo homicídio, começou às 11h31 desta quinta-feira (29), no Fórum Criminal Ministro Mário Magalhães, na Barra Funda, zona oeste de São Paulo. Cupertino é acusado de matar Rafael Miguel, ex-ator da novela Chiquititas, e os pais do jovem, João e Miriam.
O Tribunal do Júri se reúne novamente para definir o futuro de Paulo Cupertino e outros dois réus. O julgamento estava previsto para outubro de 2024, mas Cupertino destituiu o próprio advogado por quebra de confiança, o que acabou postergando a decisão.
Ao todo serão doze depoimentos que arão pelo crivo dos jurados escolhidos para o caso. Além dos três réus, nove testemunhas de acusação e defesa estão previstas para serem ouvidas. Entre elas estão a filha, namorada de Rafael na época do crime, e a ex-companheira de Paulo Cupertino.
Caso Cupertino: quem são as vítimas do assassino do ator de "Chiquititas"
A expectativa é de que o julgamento se estenda até a sexta-feira (30). A CNN apurou que entre acusação, defesa, réplicas e tréplicas de ambos, os depoimentos podem durar mais de 9 horas.
O crime aconteceu em 9 de junho de 2019 e chocou o país. Cupertino conseguiu escapar das autoridades por três anos, sendo capturado somente em maio de 2022 em um apartamento na Zona Sul de São Paulo, após ar por cerca de 100 endereços em pelo menos três países - Brasil, Paraguai e Argentina.
Segundo a denúncia do Ministério Público de São Paulo, Cupertino mantinha uma relação de posse com a filha, Isabela Tibecherani Matias e não aceitava que a jovem se relacionasse com o ex-ator da novela infantil.
Segundo o MPSP, Paulo Cupertino Matias, pai de Isabela, agindo com intenção de matar, por motivo torpe e mediante recurso que dificultou a defesa das vítimas, teria utilizado uma arma de fogo para realizar disparos em via pública.
Os disparos atingiram fatalmente João, Miriam e Rafael, que vieram a óbito no local. Rafael havia levado seus pais até a residência de Isabela naquele dia. Após o crime, Cupertino desapareceu e foi capturado apenas anos depois, em um hotel cerca de 5 quilômetros do local do crime.