A informação foi levada a público pela Promotoria durante o primeiro dia do julgamento do comerciante e confirmada pela filha dele, Isabela Tibcherani Matias.
Isabela contou em depoimento que soube da tatuagem quando ainda era criança e que perguntou à mãe dela –mulher de Cupertino– sobre o porquê daquela frase. A mãe teria ficado desconcertada e respondido que a mensagem era uma alusão à Marginal Pinheiros, uma das avenidas mais importantes da cidade de São Paulo.
A tatuagem, no entanto, foi coberta durante os três anos em que Cupertino ficou foragido da polícia após o crime.
Em seu depoimento em plenário, a jovem falou sobre o histórico violento do pai. Ela afirmou que já presenciou Cupertino espancando a mãe dela.
A garota contou que, certa vez, a mãe dela saiu com as amigas durante a noite. Isabela e o irmão ficaram com uma babá. A mãe deles não voltou antes de eles terem ido dormir, o que a deixou preocupada.
No dia seguinte, contou que viu a mãe com hematomas e cortes de facão. "Ele descamou as costas dela", disse. Ela afirmou que também foi vítima da violência do pai. “Ele quebrou um prato de vidro na minha cabeça.”
Isabela falou no plenário sobre as dificuldades no relacionamento com o pai. “Toda a minha infância foi de proibições”, disse. Ela afirmou que tinha crises de ansiedade por ter a "liberdade cerceada" pelo pai.