De acordo com publicação feita nas redes sociais pelo pai do atleta, Lucas Lúcia Severino, em conjunto com o Hospital Unimed, o jovem voltou a se movimentar, já realiza exercícios de locomoção com auxílio de fisioterapeutas, se alimenta normalmente e iniciou a comunicação verbal.

“Depois de 80 dias, de muita angústia, muito choro, porém muitas surpresas e muitas alegrias, o Pedro está vivo e viverá!”, escreveu o pai.

“Ele venceu uma primeira etapa surpreendentemente, numa velocidade incrível. Porém, sabemos que ainda falta muito, inclusive aqui dentro do hospital”, completou.

Alta após morte cerebral é possível? Entenda caso do jogador do Bragantino

Segundo o relato, Pedro ainda está em processo de recuperação e apresenta confusão mental, mas vem aos poucos retomando a consciência. Ele ainda necessita de cuidados diários.

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Relembre o caso

Pedro Severino e o colega de equipe Pedro Castro, de 18 anos, retornavam de um período de folga quando o carro em que estavam colidiu com uma carreta. O veículo era conduzido por um motorista particular.

Severino foi levado em estado crítico ao Hospital Municipal Dr. Waldemar Tebaldi, em Americana (SP), com grave trauma craniano e inconsciente. Em 5 de março, o hospital chegou a iniciar o protocolo de morte encefálica, mas o procedimento foi interrompido após o jogador apresentar reflexo de tosse.

Não houve morte cerebral decretada

Em entrevista à CNN, o neurocirurgião Guilherme Lepski, do Hospital das Clínicas e Instituto de Neurocirurgia de São Paulo, explicou que o caso não é incomum justamente por conta dos protocolos adotados para declarar a morte cerebral. A equipe médica precisa respeitar uma série de procedimentos para garantir que não há mesmo atividade cerebral antes de decretar o quatro.

“Está errado falar que a morte encefálica foi declarada e depois revertida. Isso é uma desinformação grave, que pode levar a população a interpretar que morte encefálica é uma coisa reversível, não é absolutamente o caso”, afirma Lepski. “No caso dele não houve o diagnóstico de morte encefálica. A prova clínica foi interrompida porque ele tossiu.”

O neurologista William Rezende explica que o tronco encefálico é justamente a parcela do cérebro responsável pela tosse, sintoma apresentado pelo jogador do Bragantino que fez com que a equipe médica interrompesse o protocolo de morto cerebral.

 

*Sob supervisão

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