Caso Nego Di: testemunhas são ouvidas em audiência sobre rifas ilegais
Segundo o MPRS, o humorista lucrou cerca de R$ 2,5 milhões com falsas rifas entre novembro de 2022 e maio de 2024; ele segue em liberdade provisória desde novembro do ano ado

A Justiça do Rio Grande do Sul ouviu na última quarta-feira (30), as duas primeiras testemunhas de acusação durante audiência do processo envolvendo rifas ilegais realizadas pelo humorista Dilson Alves da Silva Neto, o Nego Di, e sua esposa, Gabriela Sousa.
Em nota, o Tribunal de Justiça gaúcho informou que as testemunhas foram ouvidas no Foro Central I, da 2ª Vara Estadual de Processos e Julgamento dos Crimes de Organização Criminosa e Lavagem de Dinheiro da Comarca de Porto Alegre, de forma semipresencial. Os acusados participaram por videoaudiência.
Uma nova audiência está marcada para o dia 9 de junho, onde devem ser ouvidas as demais testemunhas, de acusação e defesa, além dos réus.

Nego Di responde pelos crimes de estelionato, lavagem de dinheiro, uso de documento falso e promoção de loterias, em um esquema envolvendo fraudes em rifas virtuais com prêmios de alto valor, como uma Porsche Macan, veículo transferido para ele próprio, além de R$ 150 mil em dinheiro. A esposa de Nego Di, a influenciadora Gabriela Sousa, também responde pelo crime de lavagem de dinheiro.
Os dois chegaram a ser alvo de uma operação do MPRS no processo envolvendo as rifas ilegais, em julho do ano ado.
Na ocasião, a esposa de Nego Di chegou a ser presa em flagrante, durante a operação, pois os agentes encontraram uma arma de uso exclusivo das Forças Armadas, sem registro, sob posse da investigada.
Segundo o Ministério Público, o humorista teria induzido as vítimas ao erro e criado um vencedor fictício.
A investigação ainda aponta que o influenciador e a companheira lavaram R$ 2,5 milhões com contas de terceiros, valores usados para compra de veículos de luxo e imóveis em Porto Alegre, além de outros na Serra e Litoral gaúcho.
O influenciador está em liberdade provisória desde novembro do ano ado, quando deixou a Penitenciária de Canoas depois de quatro meses preso, em decorrência de outro processo que responde, onde é acusado de enganar mais de 300 pessoas que compraram produtos pela loja virtual “Tadizuera”, istrada por ele.
A CNN procurou a advogada que representa Nego Di e sua esposa, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem.
*Sob supervisão de Pedro Osorio