"Elas (despesas citadas) estão comendo completamente a disponibilidade de receita", afirmou o deputado federal ao Agora CNN, neste domingo (1º).
O grupo coordenado por Pedro Paulo tem sido demandado para, também, prever medidas de ajustes fiscal, após pedido do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB).
A demanda da presidência da Casa veio após o Ministério da Fazenda anunciar um aumento na alíquota do Imposto sobre Operações Financeira (IOF), que não tem fins de arrecadação, para cobrir buracos no orçamento.
A Constituição define que a União deve aplicar ao menos 18% da receita líquida de impostos na educação e 15%, na saúde.
Já as despesas com benefícios previdenciários - a maior da União -, em 2025, foram orçadas em R$ 1 trilhão, um recorde.
Em relação à questão previdenciária, Pedro Paulo avalia que desvincular o salário mínimo dos benefícios previdenciários é uma medida que pode ser tomada.
"Isso não quer dizer que os benefícios precisem ser necessariamente congelados", acrescentou o coordenador do grupo de trabalho.
Já para a saúde e a educação, o deputado disse que "faz todo sentido" vincular seus incrementos ao arcabouço fiscal, e não às altas nas receitas.
Pela regra fiscal em vigor, as despesas - fora as que tem um mínimo constitucional - não podem crescer mais de 70% em relação à variação de receitas do ano anterior.
Assim, pelo arcabouço fiscal, as despesas deveriam crescer menos que as receitas da União
"Mesmo que o choque da redução da despesa não seja muito grande no curto e médio prazo, você daria um disciplina para todas as despesas - e estas três despesas não mais implodiriam o orçamento", acrescentou.