A diplomacia brasileira intensificou o diálogo com o governo Trump ao longo da última semana. As conversas tentam alertar os Estados Unidos de que qualquer sanção contra Moraes traria um dano considerável para a relação entre os dois países.

O Itamaraty encontra dificuldades para definir como está o patamar das conversas, já que considera os diplomatas de Trump "imprevisíveis" - especialmente pela última palavra ser do republicano.

As negociações com a Casa Branca ocorrem depois do secretário de estado do país, Marco Rubio, ameaçar Alexandre de Moraes com sanções embasadas pela Lei Magnitsky. Legislação que permite que os americanos punam estrangeiros acusados de violações de direitos humanos.

A princípio, o governo brasileiro descartou uma reação pública sobre o assunto para não atrapalhar o fluxo das conversas. A posição poderia ser revista em um segundo momento, caso os Estados Unidos decidam cumprir com as ameaças contra Moraes.

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O Planalto também acompanha com atenção a abertura do inquérito contra o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro. A base governista entregou nesta terça-feira (27) uma representação no Conselho de Ética da Câmara pedindo a cassação de Eduardo.

A alegação é de quebra de decoro por ataques "sistemáticos e deliberados" contra o Supremo Tribunal Federal.

Enquanto isso, a oposição vê a abertura dessa investigação como um "tiro no pé" do STF. A estratégia, segundo os oposicionistas, apenas fortalece a tese de "perseguição política" ao deputado licenciado.

* com informações de Tainá Falcão, da CNN em Brasília

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