Lindbergh protocola na PGR pedido de prisão preventiva de Zambelli

O líder do PT na Câmara, deputado Lindbergh Farias, anunciou que protocolou uma representação à Procuradoria-Geral da República (PGR) com pedido de decretação de prisão preventiva da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP).
Zambelli anunciou na manhã desta terça-feira (3) que deixou o Brasil. Apesar de ter sido condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a uma pena de dez anos de prisão e a perda do mandato, ela afirmou que deve morar na Itália por ter a cidadania italiana e, por este motivo, não poderá ser deportada do país para retornar ao Brasil.
Mais cedo, a analista de política da CNN Luísa Martins antecipou que a Procuradoria-Geral da República (PGR) devia pedir a prisão preventiva de Zambelli por entender a viagem como "risco de fuga".
O deputado reiterou a informação, afirmando que ela pode "representar risco concreto as leis penais, ordens pública e integridade das instituições democráticas brasileiras".
"A peça jurídica sustenta que a conduta de Zambelli configura ameaça grave e reiterada à soberania nacional e à ordem constitucional, exigindo resposta imediata do Estado para restaurar a autoridade da jurisdição penal e impedir que redes antidemocráticas instrumentalizem estruturas externas para garantir impunidade", escreveu Lindbergh no X (antigo Twitter).
De acordo com ele, foi requerido à PGR que:
- Promova o pedido de prisão preventiva da representada ao STF;
- Solicite a inclusão de seu nome na difusão vermelha da Interpol;
- Inicie o procedimento de extradição, com base nos tratados internacionais vigentes;
- Determine o bloqueio dos valores recebidos por Pix e apure os indícios de estelionato, lavagem de dinheiro, evasão de divisas e sonegação fiscal;
- E oficie ao Ministério das Relações Exteriores para revogação do aporte diplomático da representada.
Protocolei representação à Procuradoria-Geral da República com pedido de decretação de prisão preventiva da deputada federal Carla Zambelli, atualmente foragida, por representar risco concreto à aplicação da lei penal, à ordem pública e à integridade das instituições democráticas…
— Lindbergh Farias (@lindberghfarias) June 3, 2025