Moraes ordenou que o BC "informe, detalhadamente, o valor e os remetentes de Pix para Carla Zambelli Salgado de Oliveira, nos últimos 30 (trinta) dias". A ordem do magistrado consta em novo inquérito aberto por ele contra a parlamentar, que teve a prisão preventiva decretada ontem.

Zambelli iniciou uma campanha de arrecadação de fundos dias após ter sido condenada pelo STF a dez anos de prisão por invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A Suprema Corte estabeleceu ainda que a deputada e o hacker Walter Delgatti Neto, também condenado no caso, pagassem uma indenização no valor de R$ 2 milhões.

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Antes de deixar o Brasil, Zambelli arrecadou cerca de R$ 285.000,00. Em uma publicação feita nas redes sociais no dia 21 de maio, a deputada declarou que o dinheiro havia sido transferido para uma conta poupança.

“Conseguimos arrecadar R$ 285.000,00 nesta campanha tão necessária para o pagamento das multas injustas e completamente desproporcionais, impostas por uma perseguição implacável, mas que também não me fará recuar”, declarou a parlamentar na ocasião.

Na última terça-feira (3), ela anunciou que havia deixado o país. À CNN, Zambelli afirmou que está nos Estados Unidos, pretende ir para a Europa, além de pedir licença do mandato parlamentar. Disse ainda que deve residir na Itália, país do qual possui cidadania, o que, de acordo com ela, impediria uma eventual extradição para o Brasil.

Ao determinar a prisão preventiva de Zambelli na quarta-feira, Moraes mandou que a Polícia Federal (PF) a incluísse na lista de difusão vermelha da Interpol. A inserção do nome funciona como um alerta internacional com o intuito de localizar e apreender a pessoa em questão.

"Estou pagando para ver", disse Zambelli à CNN sobre uma possível prisão na Itália.

(Com informações de João Rosa e Manoela Carlucci, da CNN)

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