Ele foi indicado pelo seu antecessor, o ex-comandante Almir Garnier, como testemunha a seu favor e será ouvido nesta sexta-feira (23).

Garnier é réu no processo e acusado de ser o único comandante das Forças Armadas a apoiar uma intervenção para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

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Em pedido encaminhado ao Supremo na quarta-feira (21), Olsen alegou que não conhece os fatos e pediu o cancelamento de sua participação como testemunha.

No entanto, Moraes afirmou que o almirante foi apontado pela defesa de Garnier como relevante para esclarecer o contexto da nota à imprensa divulgada pela Marinha do Brasil em novembro de 2024 e sobre assuntos internos da Força.

“A Defesa destacou que a oitiva da testemunha será relevante para os esclarecimentos sobre a existência, à época dos fatos narrados na denúncia, de ‘qualquer conversa ou tratativa interna relacionada à movimentação, ou preparação de tropas, tendo em vista que a testemunha arrolada exercia, naquele período, o cargo de Comandante de Operações Navais (CON) da Marinha do Brasil’”, afirmou o ministro.

A audiência com Olsen está marcada para às 14h desta sexta-feira (24). À época dos fatos, o almirante ocupava o cargo de comandante de Operações Navais — posição estratégica que exigiria sua anuência em caso de qualquer mobilização de tropas. A linha de defesa de Garnier é sustentar que nenhuma ordem nesse sentido foi dada ou discutida.

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Alexandre de MoraesMarinha do BrasilSTF (Supremo Tribunal Federal)