O portal Metrópoles noticiou que, na véspera do depoimento, Bolsonaro telefonou a Mourão para discutir temas que poderiam ser abordados. À CNN, Mourão confirmou que conversou com ex-presidente.

“Foi uma conversa genérica. Falamos na véspera sobre os pontos fortes a serem abordados: transição e 8 de janeiro”, disse o senador.

 

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Mourão foi indicado pelas defesas de Jair Bolsonaro e dos ex-ministros Augusto Heleno, Paulo Sérgio Nogueira e Walter Souza Braga Netto no âmbito do inquérito que apura uma tentativa de golpe de Estado no país após as eleições de 2022. Procurado, Bolsonaro não respondeu à CNN.

O contato às vésperas do depoimento causou estranheza na Suprema Corte. E pode levar à convocação de Mourão para esclarecer detalhes da conversa telefônica.

Durante o depoimento ao Supremo, Mourão afirmou que supostas reuniões para discutir a instauração de um golpe, mencionadas pelo tenente-coronel Mauro Cid, são “fantasias”.

Ao longo da investigação, o senador já comentou algumas vezes o caso, chegando a classificá-lo, inclusive, de "plano sem pé nem cabeça".

Quando os detalhes começaram a ser divulgados pelo STF, ele afirmou que não enxergava crime em "escrever bobagem", se referindo à minuta golpista.

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