Segundo ele, não lhe foi apresentado nenhum documento ou minuta que tratasse de uma ruptura institucional.
Queiroga prestou depoimento como testemunha do general Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), e do ex-ministro da Defesa e da Casa Civil, Walter Braga Netto.
Questionado sobre seus encontros com Jair Bolsonaro (PL) após as eleições, Queiroga afirmou que, depois do resultado das eleições de 2022, o ex-presidente demonstrava “um quadro profundo de tristeza” e se mostrava bastante “cabisbaixo” — algo que, segundo ele, chegou a lhe causar preocupação.
Marcelo Queiroga: Posteriormente, tive com o presidente em umas duas ocasiões no Palácio Alvorada. O presidente foi acometido por uma erisipela, naquela época ele entrou num quadro muito profundo de tristeza com aquele resultado. Nem parecia a figura que ele é. Ele ficava muito cabisbaixo, praticamente não conversava. Respondia monossilabicamente. Eu cheguei até me preocupar com o presidente Bolsonaro, mas felizmente ele é um homem muito forte, ele superou aquela fase. Já no final do governo, eu estive com ele no Palácio Alvorada para prestar alguns esclarecimentos finais a ele acerca da minha gestão no Ministério da Saúde, mas tudo dentro de um ambiente de normalidade.
(...)
Marcelo Queiroga: Não me lembro de ter se tratado nada nesse sentido, até porque o presidente Bolsonaro, ele sempre orientou a nós a agir diante do que determina a Constituição Federal. Ele utiliza até um termo: "das quatro linhas da Constituição". E foi sempre isso que ele nos orientou.