“Tão logo foi anunciado o nome dele, escrevi uma carta me colocando à disposição para tratar, para com ele me encontrar sempre que fosse necessário e tratarmos dos temas de interesse do Brasil. [...] E mandei essa carta que foi recebida pelo gabinete dele. Eu não tive, depois disso, contato com ele, porque ele não me respondeu a carta ou não me chamou, mas eu disse que estava à disposição”, relatou.
O ministro foi questionado pelo deputado Marcel Van Hattem (Novo-RS), em audiência na Comissão de Relações Exteriores da Câmara nesta quarta, se teria tido contato com Rubio desde que entrou no governo Trump.
“Mas isso não quer dizer que não haja diálogo entre Brasil e Estados Unidos, pelo contrário, nós sempre mantivemos muitos contatos”, completou.
Vieira apontou que conhece o secretário dos EUA de “longa data”, desde que foi embaixador do Brasil em Washington, entre 2010 e 2015, enquanto Rubio era senador. “Tive uma série de encontros com ele em seu gabinete, em outras ocasiões. Tivemos muitos contatos por telefone para tratar de assuntos de interesse dos países”, relembrou.
Conforme mostrou a CNN, Marco Rubio anunciou nesta quarta-feira a restrição de vistos para estrangeiros, incluindo autoridades, que "censuram" americanos.
O anúncio foi feito por meio de publicação no X. Na postagem, ele chegou a citar a América Latina. Entretanto, ainda não deu detalhes sobre a nova medida.
"É inaceitável que autoridades estrangeiras emitam ou ameacem com mandados de prisão cidadãos americanos ou residentes americanos por postagens em plataformas americanas em redes sociais enquanto estiverem fisicamente presentes em solo americano", disse Marco Rubio em um comunicado.
Ele afirmou ser "igualmente inaceitável" que autoridades estrangeiras exijam moderação de conteúdo de plataformas tecnológicas americanas, segundo a agência de notícias Reuters.
Na semana ada, Rubio itiu que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), pode ser alvo de sanções norte-americanas.
Parlamentares norte-americanos enviaram cartas ao presidente Trump e ao secretário Rubio solicitando a aplicação da Lei Magnitsky — legislação que permite aos país punir estrangeiros acusados de violações de direitos humanos — contra o ministro brasileiro, alegando que ele teria transformado o sistema judicial do país em uma arma política.
A situação tem provocado tensões e preocupações diplomáticas entre Brasil e Estados Unidos.
*Sob supervisão de Renata Souza