Diante do cenário, o chanceler sugeriu que, como alternativa, esses estudantes considerem retornar ao Brasil para contribuir com o desenvolvimento do país.

Na terça-feira (27), o Departamento de Estado dos Estados Unidos ordenou que embaixadas e consulados do país no exterior suspendam novos agendamentos de entrevistas para emissão vistos de estudantes. A medida foi comunicada por meio de um telegrama diplomático visto pela CNN.

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"Nós lamentamos que os estudantes tenham interrompido seus projetos de estudo e de preparação para a vida. Seria muito importante que pudessem voltar para o Brasil e contribuir para o desenvolvimento nacional. A decisão de impor ou não é um ato soberano de cada Estado. Só podemos minorar o impacto junto à comunidade brasileira", afirmou Vieira.

O ministro expôs também uma preocupação com cidadãos brasileiros onde quer que estejam.

"Parte da responsabilidade do Itamaraty é fornecer apoio. Nos EUA, nós temos a maior rede consular do exterior, temos 10 consulados. Em torno de 2 milhões de brasileiros que vivem nos EUA, grande maioria está legalizada e vive normalmente. Entre 12% e 15% desse total tem questões ainda de documentação e estão em situação difícil, e nós estamos apoiando intensamente", disse.

"Nós não podemos atuar, ou criticar, ou fazer o que for sem esperar que se concretizem, e temos também que levar em conta que podemos, sim, apoiar os brasileiros, mas não podemos interferir na política americana de visto", destacou o chanceler.

Estudantes estrangeiros

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou, nesta quarta, que a universidade de Harvard deveria ter um limite de 15% de estudantes estrangeiros.

Ele também reforçou querer que a instituição entregue uma lista com os nomes dos alunos nascidos fora dos Estados Unidos.

"Harvard precisa se comportar. Harvard está tratando nosso país com grande desrespeito e tudo o que eles estão fazendo é se intrometendo cada vez mais", afirmou o presidente a repórteres reunidos no Salão Oval.

Isso acontece em meio a um embate mais amplo entre o governo americano e Harvard. Trump acusa a instituição de ser antissemita e chegou a congelar bilhões de dólares.

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