Para que uma pessoa manifeste a doença, é preciso que o gene com traço falciforme seja transmitido por ambos os genitores, algo que ocorre em um quarto dos filhos de portadores do gene e, mais frequentemente, em casos onde há um ancestral em comum, como primos ou pessoas com origens genéticas comuns.

Leia mais

Um dos principais indicadores do quadro é a anemia por quebra dos glóbulos vermelhos, que provoca sintomas como fraqueza, palidez, pele e olhos amarelados. Os que apenas portam um gene (isto é chamado traço falciforme) são, geralmente, absolutamente assintomáticos.

Entre as formas de diagnosticar a anemia falciforme estão o exame eletroforese de hemoglobina, responsável por identificar a presença de hemoglobinas normais ou irregulares, e pela Triagem Neonatal Ampliada, popularmente conhecido como teste do pezinho.

Os únicos tratamentos curativos são o transplante de medula óssea e a terapia gênica, nem sempre disponíveis ou indicadas para todos os casos.

Mas existem tratamentos para diminuir as crises e amenizar os sintomas como a Hidroxiureia, além de ser essencial o acompanhamento constante por um médico especialista.

Impacto no dia a dia varia, mas pode ser resumido:

Gerenciar crises de anemia falciforme

Gerenciar crises de dor na anemia falciforme requer uma abordagem multidisciplinar que inclui prevenção, manejo da dor e cuidados de e.

Essas estratégias devem ser adaptadas a cada paciente, com o e de uma equipe médica especializada para assegurar o controle eficaz das crises de dor.

O apoio psicológico e emocional a pacientes e familiares com anemia falciforme é fundamental para ajudar a lidar com os desafios físicos e emocionais da doença.

A anemia falciforme é uma condição crônica que pode causar dor intensa, complicações médicas e impacto na qualidade de vida, o que pode afetar o bem-estar emocional tanto dos pacientes quanto de seus familiares.

Algumas estratégias de apoio psicológico e emocional, como a psicoterapia individual e familiar, podem ajudar os pacientes a desenvolver estratégias de enfrentamento, lidar com a dor crônica e as limitações físicas, e gerenciar a ansiedade e a depressão que podem surgir.

Para os familiares, a terapia familiar pode ajudar no melhor entendimento da doença, a lidar com o estresse de cuidar de um familiar querido com uma condição crônica e a manter a comunicação e o apoio dentro da família.

Os grupos de e proporcionam que pacientes e familiares possam compartilhar experiências e aprender uns com os outros, reduzindo o sentimento de isolamento e aumentando o sentimento de pertencimento e apoio mútuo.

A utilização de técnicas como meditação, respiração profunda e exercícios de relaxamento muscular podem também ser úteis para o controle do estresse e da dor.

Fundamental é a educação e informação sobre a doença e suas complicações, tratamentos disponíveis, empoderando o paciente a tomar decisões informadas e reduzir a ansiedade relacionada ao desconhecido.

Além disso, o apoio no ambiente escolar é essencial para lidar com faltas escolares e dificuldades de aprendizagem associadas à doença. No ambiente de trabalho, o apoio profissional pode ajudar a gerenciar a doença de forma que ela interfira o mínimo possível na carreira.

O e de assistentes sociais pode ajudar as famílias a ar recursos financeiros, jurídicos e sociais necessários para o tratamento adequado e para lidar com as dificuldades econômicas que podem surgir.

O e psicológico e emocional não deve ser visto como uma solução isolada, mas como parte de uma abordagem multidisciplinar para o tratamento da anemia falciforme, em conjunto com o manejo médico e os cuidados físicos.

10 dicas para gerenciar crises de dor na anemia falciforme

1. Hidratação

2. Medicamentos

3. Cuidados térmicos

4. Técnicas de relaxamento

5. Exercício físico moderado

6. Prevenção de infecções

7. Acompanhamento médico regular

8. e social e emocional

9. Transfusão de sangue

10. Evitar desencadeadores

* Texto escrito por Nelson Hamerschlak, hematologista e hemoterapeuta -- CRM 34315 SP - RQE 1916 

Tópicos
AnemiaBrazil HealthGenética