Segundo Rego, a maioria dos casos de leucemia são considerados esporádicos, o que significa que a doença surge sem uma causa identificável. "Na maioria dos casos, a gente não consegue identificar um fator único, a maioria das vezes são casos esporádicos mesmo", afirma o especialista.
Embora a maioria dos casos não tenha uma causa clara, existem alguns fatores de risco já identificados. Rego menciona: "Existem alguns fatores clássicos de observação, exposição à radiação, exposição a derivados do petróleo, em particular o benzeno". No entanto, esses fatores não explicam a maioria dos casos diagnosticados.
No que diz respeito à população pediátrica, o cenário é ligeiramente diferente. Aproximadamente 10 a 15% dos casos de leucemia em crianças podem estar associados a fatores genéticos predisponentes. Um exemplo citado por Rego é a síndrome de Down (trissomia do 21), que aumenta o risco de desenvolvimento de leucemia.
A falta de conhecimento sobre os fatores de risco específicos torna a prevenção da leucemia um desafio significativo. Diferentemente de outros tipos de câncer, como o de pulmão, onde o tabagismo é um fator de risco bem estabelecido, a leucemia não possui medidas preventivas claras.
Este cenário ressalta a importância contínua da pesquisa na área oncológica, especialmente no campo das leucemias. Compreender melhor os mecanismos de desenvolvimento da doença pode, no futuro, levar a estratégias mais eficazes de prevenção e tratamento precoce, melhorando as perspectivas para os pacientes afetados por esse tipo de câncer.