A técnica utilizada indica dividir o cabelo da pessoa em pequenas partes. Na sequência, é necessário enrolar os fios nas mãos e puxá-los, bem próximo ao couro cabeludo, com força, até que se ouça um barulho de estalo.
Vale dizer, no entanto, que ao fazer a busca com a hashtag #hairpopping na rede, automaticamente o usuário recebe uma mensagem de segurança reforçando que alguns desafios virtuais podem ser perigosos, perturbadores ou encenados.
À CNN, o dermatologista Lucas Miranda, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, explica que puxar os cabelos com a intenção de fazer cessar a dor de cabeça pode não ser uma boa ideia, uma vez que traz ricos, levando a condição de alopecia por tração, ou seja, a perda de cabelo resultante da aplicação contínua de força nos folículos capilares.
"Quando os cabelos são puxados com força e de maneira consistente, isso pode danificar os folículos capilares, levando à interrupção do crescimento do cabelo e, eventualmente, à queda", conta.
Ainda segundo o especialista, o som de estalo é resultante da força aplicada na técnica onde, as ligações dentro da estrutura do cabelo, feitas principalmente de queratina, podem se romper.
"É um indicativo de que o cabelo foi submetido a uma força além de sua capacidade de resistência e acabou se rompendo", acrescenta.
Felipe Mendes, médico neurocirurgião, membro da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia, também afirma que não há benefícios cientificamente comprovados relacionados à prática. Aliás, segundo ele, além de ser prejudicial, não é recomendada por profissionais de saúde.
"Em geral, métodos convencionais e comprovados para o tratamento de dores de cabeça incluem medicação apropriada, técnicas de relaxamento, ajustes na dieta, hidratação adequada, exercícios regulares e uma rotina de sono saudável. Se a dor de cabeça for um problema recorrente, é aconselhável procurar um médico para avalição e tratamento direcionados", garante.
O profissional também lista as melhores para pacientes que relatam dores de cabeça constantes. Veja: